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São Paulo, quarta-feira, 16 de abril de 2003

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ADMINISTRAÇÃO

CBAt quer R$ 5 mi, mas banco ainda estuda valor do contrato

CEF apóia atletismo e nega aproximação com basquete

ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL

A CEF (Caixa Econômica Federal) irá renovar seu patrocínio com a CBAt (Confederação Brasileira de Atletismo). A Folha apurou que a entidade pediu R$ 5 milhões, mas os valores do contrato ainda estão sendo estudados.
O banco estatal mantém parceria com o atletismo desde 2001 -o compromisso havia sido encerrado no final do ano passado.
Com a mudança de governo, a nova direção da Caixa pediu tempo para estudar seus contratos antes de decidir pela renovação.
Essa indecisão fez com que outra entidade, a CBB (Confederação Brasileira de Basquete), entrasse na disputa pelo contrato.
"Estamos iniciando conversas com o ministro [Agnelo Queiroz, do Esporte] para conseguirmos patrocínio. Nossa prioridade é a Caixa, que historicamente é ligada ao basquete", afirmou Gerasime Bozikis, o Grego, presidente da CBB, à Folha, em março.
De fato, antes de patrocinar a CBAt, a CEF manteve parceria com o basquete de 1993 a 2001.
Para engrossar o lobby, Grego esteve reunido com Queiroz na quinta-feira passada, em Brasília.
O dirigente teria conversado sobre a possibilidade de conseguir um patrocínio estatal, além de ter apresentado o projeto social da entidade, que prevê a implantação de núcleos de formação de atletas em comunidades carentes.
No entanto, apesar da proposta da CBB, a Caixa informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que não está nos seus planos patrocinar outra modalidade.
A verba da Caixa é estratégica para as confederações olímpicas.
A Petrobras já apóia o iatismo, os Correios mantêm contrato com a CBDA (Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos), enquanto o Banco do Brasil possui parceria com a CBV (Confederação Brasileira de Vôlei).
A CEF é a única, entre as estatais que historicamente têm vínculo com o esporte, que ainda não firmou contrato com nenhuma entidade neste ano. As confederações de atletismo e basquete, que travavam na disputa, estão precisando de uma boa verba para desenvolver seus projetos em 2003.
O basquete contou com um orçamento de R$ 6 milhões em 2002. Para este ano, Grego diz que a CBB precisaria de R$ 18 milhões.
Já a CBAt perdeu vários patrocinadores importantes, como a TV Globo, a Xerox e o governo do Amazonas. A Olympikus, que desembolsa R$ 300 mil e fornece material esportivo, foi a única a renovar seu compromisso.
Além disso, a entidade sofreu com as novas regras da Iaaf que inflacionaram os GPs. Só em premiação, a CBAt terá que pagar US$ 200 mil no GP Brasil, que será no dia 4 de maio, em Belém. O custo do evento é de R$ 2 milhões.
"Já apresentamos nossa proposta para a Caixa e agora esperamos resposta", disse Roberto Gesta de Melo, presidente da CBAt.


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