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sem ponto cego
Morumbi "zera erro" e aciona governos
Comitê e São Paulo dizem ter solucionado todos os problemas técnicos que separam candidatura de abertura da Copa-14
Orlando Silva Jr., ministro do Esporte, sai em defesa de estádio, alvo de críticas, e diz que sustentará perante a Fifa o apoio federal à cidade
EDUARDO ARRUDA
DO PAINEL FC
MARIANA BASTOS
DA REPORTAGEM LOCAL
Em meio à saraivada de ataques vindos da CBF, que falam
até na exclusão do Morumbi da
Copa-2014, o comitê paulista
do Mundial e o São Paulo tentam emplacar o estádio, que
pleiteia a abertura do torneio,
aliando a força política da cidade, o apoio das três esferas do
governo e um projeto tecnicamente à prova de críticas.
Ontem, os paulistas enviaram à Fifa a última versão do
plano de reforma e adaptação
do Morumbi, a que a Folha teve acesso. A nova configuração
vem acompanhada da promessa do escritório de arquitetura
alemão GMP, responsável pelo
projeto, de que o estádio conseguiu eliminar seu principal
problema: os pontos cegos.
Além disso, cumprirá as outras
exigências da entidade.
Mas, por outro lado, houve
uma elevação no orçamento.
São-paulinos falam que o custo
da reforma, ainda não calculado, poderá ficar entre R$ 300
milhões e R$ 400 milhões.
"Depois de hoje [ontem], nós
acreditamos que os argumentos [para criticar o Morumbi]
não podem ser mais técnicos",
afirmou Ralf Amann, diretor
da GMP no Brasil.
Acompanhado disso, o presidente do São Paulo, Juvenal
Juvêncio, e o comitê paulista
acionaram o presidente Lula, o
ex-governador de São Paulo
José Serra e também o prefeito
da cidade, Gilberto Kassab, para proporcionar estofo político
à candidatura do Morumbi.
Ontem, após encontro com o
secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, o ministro do Esporte, Orlando Silva Jr., saiu
em defesa do estádio são-paulino. O governo federal se tornou
aliado do São Paulo nas horas
mais difíceis. A ponto de o próprio presidente Lula visitar e
encampar a campanha pelo
Morumbi, no ano passado, depois de a arena ter sido colocada em xeque por Valcke.
"São Paulo quer é fazer a
abertura. Para cumprir seus
objetivos, tem de atender os
critérios da Fifa. Não tem que
debater, polemizar pela imprensa, defender tese", disse
Silva Jr., acrescentando ter recebido garantias do governo estadual e da prefeitura de que
não há plano B para o estádio.
"A cidade de São Paulo é destino da maioria dos voos internacionais que chegam ao Brasil. Tem a maior a rede hoteleira, a melhor infraestrutura do
país e serviços capazes de atender a demanda dos chefes de
Estado que estarão no Brasil
para a abertura da Copa do
Mundo. Essa posição nossa será sustentada [com a Fifa]."
Em meio à disputa eleitoral
no C13, em que viu seu candidato, Kléber Leite, ser derrotado, o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, criticou o estádio
e, nos bastidores, faz campanha para excluí-lo do Mundial.
Colaborou a Sucursal de Brasília
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