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Raí faz planos para abandonar profissão
DA REPORTAGEM LOCAL
Num clima de despedida, o
meia Raí completou 35 anos ontem. O jogador falou em "aproveitar o tempo que resta" e deixou
aberta a possibilidade de encerrar
a carreira ao final de seu contrato
com o São Paulo, que vai até o fim
da participação do clube no Paulista e na Copa do Brasil.
"Sempre sonhei em chegar aos
35 anos jogando bem e consegui.
Não sou daqueles jogadores que
jogam até os 39 anos. Ainda não
decidi o que vou fazer, mas sei que
falta pouco tempo para encerrar a
carreira", afirmou Raí.
O meia, que interessa ao Fluminense, planeja desenvolver alguma atividade relacionada ao futebol quando se aposentar. Apesar
disso, ele descartou tentar a carreira de treinador.
"Gosto da parte tática, mas acho
que não me daria bem nos treinamentos. Técnico tem que ser mais
exigente, e não tenho esse perfil."
Uma alternativa que Raí não
descarta é trabalhar como dirigente. "No futebol, aprendi muito
sobre o relacionamento entre as
pessoas. Vou levar essa experiência para qualquer atividade."
O técnico Levir Culpi discorda
que o meia não tenha chance de se
transformar em treinador. "Já vi
pessoas mais introvertidas que ele
terem sucesso na carreira de técnico. Capacidade técnica ele tem,
só falta descobrir se tem o dom
para a profissão", disse Culpi.
Na partida de amanhã, contra a
Lusa, no Canindé, o técnico não
poderá escalar o volante Alexandre. Ele machucou a coxa direita
no empate com o Santos, no sábado, e não tem condições de jogar,
segundo o médico Luiz Augusto
Gaspar. "Ainda não sabemos por
quanto tempo ele ficará afastado", afirmou o médico.
A vaga de Alexandre será ocupada por Axel, que cumpriu suspensão por ter recebido dois cartões amarelos.
Culpi descartou a possibilidade
de fazer outras mudanças na
equipe, que será eliminada do
Paulista se perder para a Lusa e se
o Santos derrotar o Guarani, em
Campinas, amanhã.
"Nosso time está jogando bem e
não há razão para mexer. Só precisamos melhorar nas finalizações", falou o treinador.
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