São Paulo, sábado, 16 de maio de 2009

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"Sem teto", Flamengo inicia finais do basquete

Equipe não sabe onde atuará na fase decisiva do Nacional, que começa hoje

Atual campeão brasileiro e com dois meses de salários atrasados, time masculino estuda jogar fora do Estado do Rio se chegar à decisão


ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL

Sem saber se usará a vantagem do mando de quadra e com dois meses de salários atrasados, o Flamengo abre hoje os mata-matas do Novo Basquete Brasil, o Brasileiro da modalidade. Líder da fase de classificação, o time enfrenta o Pinheiros, fora. No outro jogo da rodada, o Limeira recebe o Joinville.
Por enquanto, o rubro-negro, que perdeu só duas de suas 28 partidas na primeira fase, mandará jogos no acanhado ginásio do Tijuca, com 3.000 lugares.
"Se chegarmos à final, podemos até jogar lá, mas não seria o adequado", pondera João Henrique Areias, vice de esportes olímpicos do Flamengo, de olho na renda com bilheteria.
O Maracanãzinho, que sediou nove jogos da fase inicial, será tomado, na semifinal e final, por show da Disney On Ice.
O Miécimo, uma alternativa devido à capacidade para 4.500 pessoas, destinará seu espaço ao Rúgbi Open Mix Rio e aos Jogos Militares. Com a mesma capacidade, o ginásio de Caio Martins está em obras.
Um dos legados do Pan-07, a Arena Multiuso, hoje administrada pelo HSBC, cobra aluguel caro para os padrões do clube. "Não temos ginásio no Rio, cidade que quer abrigar a Olimpíada de 2016", reclama Areias.
O time chegou a receber proposta para atuar em Macaé -receberia R$ 400 mil na empreitada. "O problema é que o ginásio sofreu com as enchentes que castigaram a cidade e está com goteiras, inviabilizando o negócio", lamenta Areias.
Sem local no Rio, a diretoria estuda mandar jogos das fases finais (se o time atingir esse estágio) em outro Estado. "Perderíamos mando de quadra, mas levaríamos renda", diz Areias, que faz intrincada conta para pôr em dia os salários.
Segundo ele, os vencimentos de março serão quitados com os patrocinadores Companhia do Terno (R$ 96 mil) e Loterj (R$ 80 mil), além de venda de camisas (R$ 40 mil).
Para abril, Areias crê que terá verba suficiente com patrocínio de camisa, bilheteria e venda de produtos. "Mas ainda teremos algumas parcelas atrasadas, além de premiações", diz.
O clube ainda não pagou o bicho do título do Nacional-08.
Se não tem, como o rival, atletas como Baby e Marcelinho Machado, o Pinheiros é conhecido por ser um dos clubes mais bem administrados do país. Com salários em dia, sabe que é azarão. "Vamos pegar o dono da melhor campanha. Mas lutaremos pela vitória", afirma o ala Guilherme.


NA TV - Limeira x Joinville
Sportv 2, ao vivo, às 21h30



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