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"Sem teto", Flamengo inicia finais do basquete
Equipe não sabe onde atuará na fase decisiva do Nacional, que começa hoje
Atual campeão brasileiro e com dois meses de salários atrasados, time masculino estuda jogar fora do Estado do Rio se chegar à decisão
ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL
Sem saber se usará a vantagem do mando de quadra e com
dois meses de salários atrasados, o Flamengo abre hoje os
mata-matas do Novo Basquete
Brasil, o Brasileiro da modalidade. Líder da fase de classificação, o time enfrenta o Pinheiros, fora. No outro jogo da rodada, o Limeira recebe o Joinville.
Por enquanto, o rubro-negro,
que perdeu só duas de suas 28
partidas na primeira fase, mandará jogos no acanhado ginásio
do Tijuca, com 3.000 lugares.
"Se chegarmos à final, podemos até jogar lá, mas não seria o
adequado", pondera João Henrique Areias, vice de esportes
olímpicos do Flamengo, de
olho na renda com bilheteria.
O Maracanãzinho, que sediou nove jogos da fase inicial,
será tomado, na semifinal e final, por show da Disney On Ice.
O Miécimo, uma alternativa
devido à capacidade para 4.500
pessoas, destinará seu espaço
ao Rúgbi Open Mix Rio e aos
Jogos Militares. Com a mesma
capacidade, o ginásio de Caio
Martins está em obras.
Um dos legados do Pan-07, a
Arena Multiuso, hoje administrada pelo HSBC, cobra aluguel
caro para os padrões do clube.
"Não temos ginásio no Rio, cidade que quer abrigar a Olimpíada de 2016", reclama Areias.
O time chegou a receber proposta para atuar em Macaé
-receberia R$ 400 mil na empreitada. "O problema é que o
ginásio sofreu com as enchentes que castigaram a cidade e
está com goteiras, inviabilizando o negócio", lamenta Areias.
Sem local no Rio, a diretoria
estuda mandar jogos das fases
finais (se o time atingir esse estágio) em outro Estado. "Perderíamos mando de quadra,
mas levaríamos renda", diz
Areias, que faz intrincada conta
para pôr em dia os salários.
Segundo ele, os vencimentos
de março serão quitados com
os patrocinadores Companhia
do Terno (R$ 96 mil) e Loterj
(R$ 80 mil), além de venda de
camisas (R$ 40 mil).
Para abril, Areias crê que terá
verba suficiente com patrocínio de camisa, bilheteria e venda de produtos. "Mas ainda teremos algumas parcelas atrasadas, além de premiações", diz.
O clube ainda não pagou o bicho do título do Nacional-08.
Se não tem, como o rival,
atletas como Baby e Marcelinho Machado, o Pinheiros é conhecido por ser um dos clubes
mais bem administrados do
país. Com salários em dia, sabe
que é azarão. "Vamos pegar o
dono da melhor campanha.
Mas lutaremos pela vitória",
afirma o ala Guilherme.
NA TV - Limeira x Joinville
Sportv 2, ao vivo, às 21h30
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