São Paulo, domingo, 16 de junho de 2002

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Treinador belga mantém tática dos anos 70 para não arriscar

DO ENVIADO A NIIGATA

Contra o Brasil ou contra as Ilhas Faroe, a Bélgica joga com o mesmo esquema. E não vai mudar. Pelo menos enquanto o técnico for Robert Waseige.
Viciado no 4-4-2 (quatro jogadores na defesa, quatro no meio-campo e dois no ataque), o treinador é um dos poucos na Europa que não gostam do 3-5-2 e preferem o esquema tradicionalista.
‘Desde os anos 70 meus times jogam assim e não vejo razões para mudar’’, disse ele à reportagem antes de a delegação belga sair de Shizuoka e se dirigir a Kobe, onde amanhã enfrentará o Brasil.
‘Se você pode simplificar, não deve procurar motivos para complicar a cabeça de seus jogadores. Quanto mais simples for o posicionamento, melhor.’’
Waseige acha o 3-5-2 ‘um pouco confuso, porque cada um o aplica de um jeito’’. ‘As variações são muitas. Tem time que recua mais os alas, tem time que coloca o líbero mais adiantado, outro um pouco mais atrás. Na seleção, com os melhores jogadores de um país, o ideal é deixá-los jogar num sistema mais fácil, que para mim é o 4-4-2. Todo mundo sabe exatamente onde é seu lugar. Lateral é lateral, meio-campista é meio-campista.’’
Indagado se Scolari não teria errado, então, quando introduziu o 3-5-2 na seleção brasileira, não quis se pronunciar, mas teceu elogios ao treinador. ‘Ele conseguiu uma proeza: fazer os brasileiros jogarem um belo futebol, como se não estivessem sentindo a pressão. Fico impressionado. Imagino a monstruosidade que é a pressão sobre os favoritos. E ele tem feito o time jogar. Está de parabéns.’’



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