São Paulo, domingo, 16 de junho de 2002

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OITAVAS/ AMANHÃ

Pela 1ª vez, dois países da região atingem 2ª fase em Copa fora de seus limites

Norte da América vê melhor momento com México x EUA

DO ENVIADO A SEOGWIPO

Já que o futebol do norte da América resolveu aparecer, chegou a hora de decidir quem vai comandar a turma.
Para decidir isso, o México e os EUA vão a campo na próxima madrugada, em Jeonju (Coréia do Sul), num confronto que reúne as duas equipes que dominaram historicamente o futebol por lá.
"Temos uma grande rivalidade com eles. É ótimo para a Concacaf", afirma o técnico do México, Javier Aguirre, numa referência à confederação que reúne as seleções dos países das Américas Central e do Norte.
Por outro lado, é uma pena para a região, que verá uma equipe sua eliminando a outra no Mundial em que seus times alcançaram um destaque único.
A Concacaf nunca havia conseguido classificar duas seleções para a segunda fase numa Copa disputada fora de seu quintal -a única vez que isso acontecera anteriormente foi em 1994, quando os EUA, palco do torneio, passaram ao lado dos mexicanos.
Quando os americanos receberam sua primeira Copa, o México já havia hospedado duas (1070 e 1986) -tornara-se, inclusive, o primeiro país a fazer isso.
Foi a partir de 1994 que os americanos começaram a equilibrar uma balança que, historicamente, pendia a favor do vizinho, até então absoluto como dono da bola na região acima do Panamá.
Se um ano antes daquele Mundial os EUA perderam por 4 a 0 para os vizinhos, um ano depois quem fazia 4 a 0 eram eles.
A contagem geral do confronto ainda está em 29 vitórias do México e oito dos EUA. Mas, desde a Copa de 1998, as coisas têm sido invertidas -as duas seleções se enfrentaram sete vezes, e a vantagem é americana, quatro vitórias contra três do rival.
Neste Mundial, quem começou melhor foram os mexicanos, que terminaram em primeiro lugar num grupo que tinha a tricampeã Itália. "Eles têm jogado muito bem neste torneio", elogiou o técnico dos EUA, Bruce Arena.
A equipe americana impressionou na estréia ao vencer Portugal, mas não manteve o ritmo e acabou em segundo lugar em sua chave, com uma derrota por 3 a 1 para a Polônia anteontem.
Contra o México, os EUA terão dois desfalques na defesa: Agoos e Hejduk, o primeiro contundido, o segundo suspenso.
O México deve estar completo para tentar mudar aquela que talvez seja a mais incômoda das vantagens que tem o vizinho.
Com 11 Copas nas costas, quase o dobro que os americanos, os mexicanos ainda estão atrás de um feito do rival: em 1930, o país mais poderoso do mundo chegou ao terceiro lugar da Copa. O melhor que os mexicanos conseguiram foi a sexta posição, nas duas vezes em que jogaram em casa. (ROBERTO DIAS)


NA TV - Globo e Sportv, ao vivo, às 3h30 de segunda


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