São Paulo, domingo, 16 de junho de 2002

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JOSÉ GERALDO COUTO

Como anular Beckham e Owen, eis a questão

Se o Brasil passar pela Bélgica, como todos esperam (menos os belgas), terá pela frente um adversário forte e motivado, mas que está longe de ser imbatível.
Pelo que a Inglaterra mostrou até agora na Copa (e nos últimos quatro anos), trata-se de um time muito competitivo, mas com pouca imaginação e criatividade.
Não há jogada ofensiva inglesa que não nasça (ou não passe pelos pés) de David Beckham, Paul Scholes ou Michael Owen. Os outros jogadores ingleses são, em geral, cumpridores de tarefas, com maior ou menor eficiência.
Na partida de ontem, o gol logo no início do jogo (numa falha do goleiro Sorensen) facilitou tudo para a Inglaterra.
Assim como os ingleses, os dinamarqueses têm dificuldade de jogar pressionando o rival. Preferem os contra-ataques.
Esse será o grande perigo inglês numa provável partida contra o Brasil.
Se dermos espaço para Beckham pegar a bola na intermediária brasileira e lançar na área, ou se deixarmos dois palmos de liberdade para Michael Owen, teremos problemas.
São dois jogadores excepcionais, que praticam um futebol minimalista, de poucos toques, feitos de precisão e sutileza.
Se eu fosse Scolari, sem descuidar da Bélgica, já estaria planejando uma maneira de neutralizar a ambos. Esse troca-troca de zagueiros a cada partida, e a indefinição das funções entre eles, certamente não vai ajudar.

jgcouto@uol.com.br



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