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São Paulo, segunda-feira, 16 de junho de 2003

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F-1

Pentacampeão suporta pressão de rivais, festeja triunfo em Montréal com intensidade e chega, pela 1ª vez no ano, à liderança

Schumacher vence e restabelece ordem

FÁBIO SEIXAS
ENVIADO ESPECIAL A MONTRÉAL

Kimi Raikkonen até que se esforçou. Largando em último, fez uma corrida agressiva, enfrentou um pneu estourado e terminou na zona de pontuação. Mas não foi o suficiente para o finlandês.
Porque, lá na frente, Michael Schumacher foi ainda melhor.
Saindo em terceiro no grid e correndo com a garra de quem estava decidindo o campeonato, o alemão venceu o GP do Canadá, ontem, em Montréal e pela primeira vez no ano assumiu a liderança do Mundial de Pilotos.
Seu irmão, Ralf Schumacher, ficou em segundo. Juan Pablo Montoya, companheiro de Ralf na Williams, completou o pódio.
O pentacampeão tem 54 pontos, três a mais do que o finlandês. Acostumado a liderar os campeonatos, ele conseguiu o que queria: iniciar a segunda metade do Mundial na ponta da tabela. Ontem, a Ferrari também retomou o primeiro posto entre as equipes.
"É sempre importante estar na liderança e conquistar o máximo possível de pontos", afirmou Schumacher, que vibrou muito no carro com a vitória e que festejou no pódio como se tivesse tirado um peso dos ombros.
E esse peso tem nome: Raikkonen. Que só perdeu a liderança porque não conseguiu manter a regularidade que vem marcando sua temporada. Com oito das 16 etapas disputadas, o finlandês subiu ao pódio seis vezes.
"Foi o máximo que consegui fazer", disse ele, que contou com a sorte. Seu pneu traseiro direito explodiu na 32ª volta, bem em frente à entrada dos boxes. Se o incidente tivesse acontecido alguns metros à frente, Raikkonen fatalmente abandonaria o GP.
A vibração de Schumacher pode ser explicada também pela pressão que ele sofreu na prova.
Na largada, ele partiu para cima de Ralf Schumacher e de Juan Pablo Montoya, à sua frente no grid.
Coincidência ou resultado desse ataque, Montoya rodou sozinho na segunda volta, dando passagem ao alemão. O pentacampeão, então, começou a apertar Ralf. A troca de posições, no entanto, só aconteceu na primeira das duas janelas de pit stops.
Ralf foi aos boxes da Williams na 20ª volta. O irmão mais velho aproveitou a pista livre para acelerar e parou na volta seguinte.
A prova foi decidida nesse 21º giro. Ralf fez um tempo muito ruim, três segundos mais lento do que a média de suas últimas voltas. E, assim, mesmo com um pit 1,2 mais lento em relação ao caçula, Schumacher retornou à pista na liderança da corrida.
A partir de então, a situação se inverteu, e Ralf passou a pressionar o irmão. Apesar de o carro da Ferrari estar mais lento, em nenhum instante tentou a ultrapassagem. "Nunca estive perto o bastante para tentar a manobra."
Schumacher segurou atrás de si a dupla da Williams e Fernando Alonso, da Renault. O resultado é que os quatro primeiros cruzaram a linha de chegada separados por 4s481. Foi a sexta vitória do alemão em Montréal, a quarta neste ano e a 68ª da carreira.



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