São Paulo, domingo, 16 de julho de 2000


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Painel FC


Sobe...
Com a demissão de Paulo Angioni da Parmalat, quem ganha poder no Palmeiras é Carlos Facchina Filho, que deve assumir o cargo de diretor de futebol do clube. Angioni, diretor de futebol da multinacional, estava "queimado", segundo avaliação de dirigentes palmeirenses.

...desce
Um dos motivos da saída de Angioni do clube foi que o cargo se tornou obsoleto, já que o presidente do Palmeiras, Musfafá Contursi, passou a negociar diretamente com a direção da multinacional no Brasil, ignorando a presença do dirigente.

Extinção
É pequena a possibilidade de o cargo de Angioni, que permanece como funcionário da multinacional até o final do mês, ser ocupado por outra pessoa. A vaga deverá ser fechada pela Parmalat, que pretende deixar a co-gestão que mantém com o Palmeiras no final do ano.

Força
O atacante brasileiro Ronaldo já recebeu 14 mil mensagens de apoio de torcedores de todo o mundo. Em uma promoção do clube dele, a Inter de Milão, quem envia votos de recuperação ao "Fenômeno" concorre ao sorteio de uma camiseta com a frase "não desista".

Para inglês ver
A promoção, na última semana, foi a principal manchete da página em inglês do clube na Internet. No espaço reservado para as notícias em italiano prevaleceram as informações sobre o cotidiano do clube.

Tampão
Se o impasse envolvendo o Clube dos 13, o Gama e a CBF prevalecer até agosto, a Federação Paulista irá reeditar o Torneio Bandeirante. Os grandes também serão convidados.

Portas fechadas
O Exxel quer manter os atuais jogadores do Vitória por pelo menos três anos. Outra meta é intensificar o trabalho nas categorias de base do time, que vêm obtendo bons resultados.

Receita
Zizinho, o craque da Copa de 50, está preparando um livro, no qual irá discorrer sobre sistemas de jogo no futebol. Diz que vai explicar, por exemplo, porque o Uruguai venceu aquele Mundial. Para Zizinho, Ghiggia e companhia tinham um sistema de jogo único.

Segredo de infância
O ex-jogador não dá mais detalhes, porém diz que a estratégia uruguaia foi vista por ele na infância, no subúrbio carioca, e tinha o nome de "um beque de espera, um beque de avanço". O livro do "Mestre Ziza" sai até setembro, pela imprensa oficial do Estado do Rio.

Martelo
Se a Copa João Havelange, com seus 108 times e 980 jogos, realmente acontecer, o deputado federal Eurico Miranda (PPB-RJ), vice-presidente do Vasco e do Clube dos 13, deverá ser um dos responsáveis pela aplicação de penas aos infratores do regulamento.

Exemplo 1
Ele integrará o Tribunal de Penas do torneio, que julgará os casos menos graves. Justamente Eurico Miranda, o maior defensor do Botafogo-RJ no caso Sandro Hiroshi, que deu pontos ao clube com base em uma alteração irregular do Código Brasileiro Disciplinar do Futebol.

Exemplo 2
O mesmo Eurico Miranda que no Brasileiro-97 orientou Edmundo a cavar sua expulsão contra o Palmeiras para escalá-lo na final. O mesmo dirigente que no ano seguinte se recusou a pôr o Vasco em campo e que no ano passado invadiu o gramado para paralisar uma partida.

Chão duro
O presidente da Federação Paranaense de Futebol e ex-deputado federal, Onaireves Moura, está dividindo uma cela comum com outros três detentos. Com segundo grau incompleto, ele está dormindo em um colchonete. O dirigente está preso por sonegação fiscal.

E-mail painelfc.folha@uol.com.br


DIVIDIDA
Do vice-presidente do Grêmio Jayme Eduardo Machado, sobre a entrada da Fifa no caso Gama: _ É como uma briga de moleques na qual um deles chama a mãe. Mostra que nós dirigentes não tivemos capacidade de resolver o caso.


CONTRA-ATAQUE
Freud explica?

Com a derrota da seleção brasileira na final da Copa de 50, no Maracanã, para o Uruguai, a fogueira inquisitória que sempre arde nas grandes partidas de futebol não poupou o técnico do "escrete" nacional, Flávio Costa.
Ao lado de Barbosa e Bigode, Costa foi apontado como um dos culpados pela derrota.
Em 86, o treinador foi convidado pelo escritor Paulo Perdigão para o lançamento de seu livro "Anatomia de uma Derrota", que disseca a tragédia de 50.
Na noite de autógrafos, Perdigão pediu para Costa acompanhá-lo, ao seu lado, na missão de assinar os exemplares.
Em meio à festa, uma jovem repórter começou a entrevistar Costa pensando se tratar do autor da obra. Quando percebeu o equívoco, alertada pelo embaraço do treinador, ela perguntou:
- Mas o senhor não é o autor do livro?
Costa respondeu:
- Não, o autor do livre é ele. Eu sou o autor da derrota.
Para muitos, uma confissão. Para outros, apenas uma resposta despretensiosamente inteligente do grande treinador.


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