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Brasil quer êxito com 1 só atacante
SÉRGIO RANGEL
ENVIADO ESPECIAL A FOZ DO IGUAÇU
Para tentar acabar com o jejum
de gols do ataque da seleção brasileira nas eliminatórias da Copa do
Mundo de 2002, o técnico Wanderley Luxemburgo decidiu escalar cinco jogadores no meio-campo para a partida contra o Paraguai, terça-feira, em Assunção.
Com a nova formação, o treinador colocou dois meias ofensivos
-Rivaldo, do Barcelona, e Djalminha, do Deportivo La Coruña- especialmente para "servir"
o atacante França, do São Paulo,
único atacante nato para o jogo.
Flávio Conceição, do Deportivo
La Coruña, Zé Roberto, do Bayern Leverkusen, e César Sampaio, do Palmeiras, completarão o
meio-campo. Eles terão funções
apenas defensivas.
"Gosto de jogar assim. Acho
que vamos conseguir fazer uma
atuação melhor. Quando joguei
em um esquema semelhante, fizemos muitos gols pelo Palmeiras,
em 1996", declarou Rivaldo.
Apesar do otimismo do atleta, o
novo esquema é mais uma tentativa para encontrar a melhor formação para o ataque.
Nas quatro primeiras partidas
da equipe na competição, o ataque, que atuou com formações diferentes, não conseguiu marcar.
Para se ter uma idéia da má fase
dos atacantes, o zagueiro Antônio
Carlos, da Roma, que, suspenso,
não enfrenta o Paraguai, é o segundo artilheiro do Brasil na
competição, com dois gols.
De acordo com o Datafolha,
Antônio Carlos tem o melhor
aproveitamento da equipe. Ele fez
apenas três finalizações, todas
com eficiência.
Os números do ataque da seleção brasileira comprovam as
atuações pífias, segundo o Datafolha. Desde o início das eliminatórias, a média de finalizações da
equipe é de 15,3 por jogo.
Mesmo assim, os atacantes pouco chutaram. No total, finalizaram quatro vezes por jogo, sendo
apenas 1,25 com eficiência, ou seja, que acertou o gol adversário.
Pelo ranking dos melhores finalizadores da seleção na competição, a situação dos atacantes piora
ainda mais. O melhor finalizador
da seleção é o meia Rivaldo, que já
chutou 13 vezes no torneio.
O lateral Roberto Carlos, do
Real Madrid, está em segundo,
com nove finalizações. O melhor
finalizador entre os atacantes que
atuaram na competição é Ronaldinho, do Grêmio. Fora da partida por causa de uma contusão no
joelho, ele está em quinto no ranking, com quatro conclusões.
O atacante França, que será o
único jogador no setor, deu apenas dois chutes nas duas partidas
em que atuou pela seleção nas eliminatórias. "O França não pode
se preocupar com os números.
Ele tem que jogar. Tenho certeza
que as oportunidades surgirão",
declarou Luxemburgo.
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