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Toledo muda
seu diagnóstico
da Sucursal do Rio
Questionado ontem à noite pela
Folha, o médico da Confederação
Brasileira de Futebol, Lídio Toledo, mudou pela quarta vez de
diagnóstico sobre a crise do atacante Ronaldinho e acabou admitindo que o jogador realmente não
teve problemas neurológicos.
Ontem, disse que o jogador pode
ter tido também uma "distonia
neurovegetativa", que pode ser
provocada por estresse.
A distonia neurovegetativa pode
ser originada por um quadro agudo de ansiedade, que provoca alterações no comportamento.
Segundo médicos ouvidos pela
Folha, pode haver agitação, sudorese, palpitações, taquicardia e até
contração involuntária dos músculos. No entanto, não há hipótese
de convulsão e só em casos extremos há perda da consciência.
Antes do jogo, a CBF havia divulgado uma contusão no tornozelo. Depois da derrota, Toledo falou em "hipostenia" (fraqueza).
No dia seguinte, quando Ronaldinho era acusado por colegas de
time de ter "amarelado", o médico
anunciou o diagnóstico de "convulsão de 30 segundos, de causa ignorada" -o que, conforme a Folha adiantou anteontem, foi recebido com descrédito por médicos
brasileiros e franceses, uma vez
que, nesse caso, Ronaldinho não
teria condições de jogo.
Toledo negou que dias antes da
final o jogador tivesse se isolado do
grupo. Questionado se Ronaldinho não teria jogado uma bicicleta
contra a parede, ele riu: "Que isso,
que mentira é essa"?
O médico negou que, ao ver o estado do atacante, tenha chorando.
"Tô acostumado com isso. Trabalhei 40 anos no pronto-socorro."
O Cremerj (Conselho Regional
de Medicina do Estado do Rio de
Janeiro) quer ouvir as explicações
de Toledo sobre a escalação de Ronaldinho na final da Copa.
que o atacante poderia jogar.
O médico disse que, após a crise
de Ronaldinho, foi contra a sua escalação. "Eu disse para o Zagallo:
"Olha, escala outro porque esse rapaz está fora"'.
Com a Reportagem Local
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