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Clínica francesa nega "crise catastrófica'
RODRIGO AMARAL
de Paris
Poucas horas depois de ter sofrido uma crise que o fez afirmar ter
temido pela própria vida, Ronaldinho chegou "normal e relaxado" à clínica próxima a Paris onde fez uma série de exames.
"Ele passou mal, é certo. Mas, se
fosse algo catastrófico, vocês não o
teriam visto em campo", disse
ontem Philippe Krief, diretor-geral da Clínica De Lillas, onde o
atleta esteve das 18h às 19h40 (horário francês) de domingo.
A declaração reforça a versão de
que o atacante não sofreu convulsões ou outros distúrbios neurológicos -problemas que deveriam
tê-lo afastado do jogo contra a
França, duas horas depois.
Krief não quis dar detalhes sobre
os exames a que Ronaldinho foi
submetido, mas afirmou que eles
seriam capazes de detectar se havia algum trauma neurológico.
Disse ainda que o artilheiro chegou "relaxado" à clínica, acompanhado de um médico da seleção
brasileira "fluente em francês"
(Joaquim da Matta) e de dois seguranças. Deixou o carro do CFO
(comitê organizador) "caminhando normalmente".
Tirou fotografias com fãs, distribuiu autógrafos e até assinou uma
camisa da equipe da França, que
acabaria derrotando a do Brasil.
Ronaldinho, ainda de acordo
com os médicos, vestia calção, camiseta e boné e não apresentava
sinais de palidez nem estava com o
rosto avermelhado.
Entre os exames, o jogador da
Inter de Milão chegou mesmo a
assistir, pelo aparelho de TV da
clínica, ao início da cobertura da
final, quando Edmundo era anunciado como titular. Ao deixar o local, disse Krief, o atacante estava
"relaxado e sorridente".
A calma observada pelos médicos, de todo modo, não foi compartilhada pela comissão técnica.
Segundo o radiologista Bernard
Roger, o telefone celular do médico da CBF não parou de tocar durante o período em que os brasileiros estiveram na clínica.
"Paradoxalmente, Romário
(que fez exames na mesma clínica
antes de ser cortado) estava mais
nervoso do que Ronaldinho no último domingo", afirmou Roger.
Para ele, o estresse de Ronaldinho deveria ser maior porque ele
fez os exames horas da final, e Romário, antes do início da Copa.
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