São Paulo, sábado, 16 de agosto de 2008

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Força do país reflete jiu-jítsu e imigração

DO ENVIADO A PEQUIM

Os três bronzes em Pequim ficaram aquém do que pretendia o judô brasileiro. Mas o próprio fato de a modalidade ter estipulado um objetivo ambicioso, de 3 medalhas em 13 que disputou, sendo uma de ouro, reflete a tradição do país nos tatames.
Uma tradição iniciada há cem anos, com a imigração japonesa ao Brasil. E apurada com o desenvolvimento do jiu-jítsu.
Para Luís Shinohara, técnico do time nacional masculino, a fundação desse cenário é o grande número de praticantes. "O Brasil sempre teve uma base forte, espalhada por quase todo o país."
Para Wagner Castropil, médico da equipe e judoca olímpico em Barcelona-92, a causa dessa força veio da terra de origem do judô.
"O Brasil tem hoje 1,5 milhão de pessoas de origem japonesa. É o país que tem a maior colônia nipônica no mundo. Isso, claro, divulgou o judô", afirma.
Os próprios inventores da modalidade já estiveram no Brasil para desenvolver melhor a sua arte.
"A ginga própria do futebol, que os brasileiros têm, ajuda no trabalho de pernas necessário ao judô", declara Hitoshi Saito, chefe da comissão técnica japonesa quando levou a seleção para treinamento no Brasil, há dois anos.
A história da modalidade no país começou com um discípulo de Jigoro Kano, educador japonês que unificou as escolas de jiu-jítsu e foi o fundador do judô no Japão.
Mitsuo Maeda conheceu no Pará Gastão Gracie, patriarca da família que é sinônimo de jiu-jítsu no país. Ele passou ao brasileiro seus ensinamentos, depois apurados e desenvolvidos pela família.
(LF)



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