São Paulo, sábado, 16 de agosto de 2008

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Câmeras de R$ 72 mil tiram fotos na água

DA REPORTAGEM LOCAL

A superexposição da natação olímpica em Pequim -com seguidos recordes mundiais e o fenômeno Michael Phelps- criou um aparato tecnológico para captar imagens de atletas em seu habitat: dentro d'água.
Desde Atenas-2004, fotógrafos implantaram câmeras submersas que são manipuladas da tribuna de imprensa. São equipamentos de 5 kg, avaliados em 30 mil (R$ 72 mil), criados por uma empresa européia.
O processo de obtenção das imagens começa na véspera do evento. Fotógrafos mergulham com as câmeras e as instalam presas às paredes da piscinas. Durante o dia, fazem ajustes após a manhã.
Essas câmeras ficam conectadas por cabos a laptops e aparelhos na tribuna de imprensa. De lá, os fotógrafos têm botões para direcioná-las, fazer foco automático e tirar as fotos.
A maioria das equipes de fotógrafos das agências internacionais usa dois tipos de lentes: objetiva (para obter maior alcance) e grande angular (para ampliar o ângulo da imagem).
Por meio do cabo, que envia as ordem às câmeras, as imagens chegam aos computadores na tribuna de imprensa, onde podem ser editadas.
"Em geral, tiramos entre 300 e 400 fotos por dia. Mandamos entre 10 e 20 para a edição", contou o fotógrafo François Marit, da France Press.
Há uma disputa entre os jornalistas por lugares nas raias 4 e 5, onde se postam os nadadores com os melhores tempos. Phelps, maior alvo dos profissionais, costuma nadar na 4.
A aparelhagem atual representa uma evolução técnica em relação a Atenas-2004. Uma empresa européia instalou aço inoxidável em volta das câmeras, o que permite acomodar mais de uma lente e vedar a entrada de água.
"É bastante confiável. Nunca entrou água", contou Marit.


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