São Paulo, quinta-feira, 16 de setembro de 2010

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Procurador fala em banir facções dos estádios

DO RIO

Responsável por denunciar os torcedores presos na Operação Hooligans, o procurador Paulo Roberto Mello Cunha Júnior admitiu ontem que pode pedir o afastamento de duas organizadas dos estádios com base no Estatuto do Torcedor.
Titular da Promotoria do Júri de São Gonçalo, Cunha disse que vai investigar se os presidentes da Força Jovem do Vasco e da Torcida Jovem do Flamengo tinham envolvimento nos crimes cometidos pelos integrantes das organizadas fora das arenas.
""Estamos analisando a aplicação do estatuto para ver se os líderes dessas organizadas se envolveram nesses crimes. Se isso for comprovado, podemos pedir o afastamento de toda a torcida por até três anos. Isso não está descartado", declarou Cunha.
Em julho, uma nova redação do Estatuto do Torcedor entrou em vigor. A lei endurece a fiscalização das torcidas organizadas.
Caso um membro da facção cometa infrações, toda a associação poderá ser responsabilizada e proibida de entrar nos estádios por até três anos.
Com o aumento de policiais nos esquemas de segurança durante os jogos e a criação do Estatuto do Torcedor, os integrantes de organizadas raramente brigam dentro dos estádios. Ajudados pela internet, eles marcam confrontos para dias que não tenham partidas de futebol.
No dia 24, o vascaíno Antonio Marcos Alves de Oliveira, 31, morreu depois de ser espancado em São Cristóvão por torcedores do Fluminense antes do clássico. O bairro é vizinho ao Maracanã.


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