São Paulo, quarta-feira, 16 de outubro de 2002

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FUTEBOL

Em reunião no Rio, Teixeira afirma que regras do Brasileiro serão mantidas mesmo que grandes não se recuperem

Aos clubes, CBF descarta virada de mesa

FERNANDO MELLO
DO PAINEL FC

SÉRGIO RANGEL
DA SUCURSAL DO RIO

Em reunião com representantes dos clubes ontem à tarde, na sede da CBF, Ricardo Teixeira reafirmou que está descartada qualquer possibilidade de virada de mesa no Brasileiro-2002.
"Quero avisar que não quero que nenhum de vocês bata nesta porta e entre nesta sala depois do campeonato para pedir virada de mesa. Desta vez isso não vai acontecer", avisou o presidente da CBF, segundo relato feito à Folha por pessoas que foram à reunião.
Se vêem reduzidas as chances de mudança nas regras este ano, os clubes começam a articular maneiras de evitar que em 2003 os grandes passem tanto sufoco como neste ano. Hoje, entre os quatro que cairiam para a Série B estão dois filiados do Clube dos 13.
Na reunião, os times defenderam que, em 2003, apenas dois sejam rebaixados. Assim, o número de participantes da elite se estabilizaria em 24. A decisão terá que ser ratificada no Conselho Técnico, que se reunirá em dezembro.
O recado de Teixeira foi ouvido por Mustafá Contursi (Palmeiras) e Paulo Maracajá (Bahia), dois clubes tradicionais ameaçados de cair. Eurico Miranda, que vê o Vasco em 23º lugar, não foi à CBF.
Participaram também do encontro Fábio Koff (Clube dos 13), Hélio Ferraz (Flamengo), David Fischel (Fluminense), Mauro Ney Palmeiro (Botafogo), Mario Celso Petraglia (Atlético-PR), Marcelo Teixeira (Santos), Fernando Carvalho (Inter) e Marcelo Campos Pinto (Globo), entre outros.
A reunião foi marcada por Teixeira para a oficialização do novo calendário da CBF, por meio da publicação de uma RDI (Resolução de Diretoria). Foi confirmada a extinção dos torneios regionais, o prolongamento do Brasileiro para mais de oito meses e a disputa dos Estaduais em 12 datas.
Na saída do evento, o presidente do Clube dos 13 defendeu o respeito ao regulamento, mesmo que um filiado à associação esteja entre os rebaixados. "Não acho nada mau que os grandes caiam para a segunda divisão porque só assim teremos uma Série B forte. Não há virada de mesa neste ano. Isso é proibido", afirmou Koff.
Em entrevistas à Folha, Contursi, Eurico e Campos Pinto também já haviam defendido a manutenção das regras mesmo se times tradicionais caírem.
A fórmula do Brasileiro-2003 só será oficializada no final deste ano. Ainda não está definido se a competição será disputada em pontos corridos ou se haverá final para decidir o campeão.



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