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Diretor técnico da CBF pede demissão
da Sucursal do Rio
O diretor técnico da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), Gilberto Coelho, se demitiu ontem à
tarde após desmarcar a partida entre Vasco e Palmeiras, cerca de
duas horas antes do início do jogo.
Pressionado pela presidência da
CBF para adiar o jogo, Coelho foi
obrigado a descumprir uma promessa feita no dia anterior e ceder
à pressão do vice-presidente de futebol do Vasco, Eurico Miranda.
Na quarta-feira à noite, Coelho
confirmara o jogo no Parque Antártica e dissera que o Vasco seria
punido pela entidade caso não entrasse em campo para enfrentar o
time paulista -o que aconteceu.
Irritado com a decisão da presidência da CBF, ele assinou uma
nota de sete linhas cancelando o
jogo e deixou a sede da entidade, às
14h30, após se despedir dos funcionários de seu departamento.
Depois de deixar a sede da CBF,
Coelho não foi mais encontrado.
Às 17h, os funcionários do departamento técnico confirmaram a
demissão do diretor. Apesar de os
funcionários terem admitido a demissão de Coelho, a CBF não confirmou a versão oficialmente.
O secretário-geral da entidade,
Marco Antônio Teixeira, disse que
"não recebeu nenhum pedido oficial" de Coelho. O presidente interino da entidade, Alfredo Nunes,
que estava no Paraguai, também
não tinha conhecimento do pedido de demissão do diretor técnico.
O sucessor de Coelho só será definido na segunda-feira. O presidente da Federação Paulista de Futebol, Eduardo Farah, está cotado
para substituí-lo.
Coelho ocupa o cargo desde setembro de 1993. Nesse período, ele
foi obrigado a passar por uma série
de situações constrangedoras.
No ano passado, ele garantira
que o Fluminense não "viraria a
mesa" para permanecer na Série A,
o que acabou ocorrendo.
Nesta semana, Coelho também
estava sendo pressionado para "virar a mesa" na Série B após a disputa jurídica travada entre o Santa
Cruz e o Sampaio Corrêa.
Ele garantia que não haveria mudanças, mas sua saída do cargo aumentam ainda mais as especulações sobre a alteração no regulamento da competição, o que poderá ocorrer no sábado. Além do
Santa Cruz e do Sampaio Corrêa, o
Fluminense também quer a "virada de mesa".
(SÉRGIO RANGEL)
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