Time põe invencibilidade no ano à prova contra a LDU, atual campeã, em Quito

Clubes brasileiros tentam retomar hegemonia recente do torneio, que viu o país atuar em 14 das 17 últimas decisões e erguer oito taças

RENAN CACIOLI
DA REPORTAGEM LOCAL

Que melhor teste poderia haver para um time com 100% de aproveitamento no ano do que o chamado "grupo da morte" da principal competição do continente? Hoje, o Palmeiras põe em jogo sua invencibilidade contra a LDU, atual campeã da Taça Libertadores da América.
A equipe brasileira, que estreou na primeira fase eliminando o Real Potosí por 7 a 1 no placar agregado, vai se encontrar com um rival de currículo semelhante no torneio. Ambos têm uma taça e participam pela 14ª vez do interclubes.
A diferença principal entre o debute palmeirense de hoje na etapa de grupos para o mata-mata contra os bolivianos, em Potosí, é que a preocupação, agora, vai além da altitude.
"Nosso principal rival será a LDU. São os atuais campeões", disse o meia Cleiton Xavier.
Na fase anterior, a fragilidade do clube boliviano atenuou o problema dos 3.967 m de altitude no palco do confronto de volta. Em casa, o Palmeiras conseguiu golear (5 a 1). Longe de seus domínios, nem o ar rarefeito impediu o time visitante de triunfar novamente.
Dessa vez, além dos 2.850 m de Quito, os 11 atletas que estarão do outro lado do campo também inspiram cuidados ao invicto elenco dirigido por Vanderlei Luxemburgo, que já soma nove vitórias no ano.
Do time que calou o Maracanã em 2008 ao bater o Fluminense na decisão por pênaltis, as principais perdas foram Guerrón e Bolaños. O técnico argentino Edgardo Bauza saiu após a derrota para o Manchester United (1 a 0) na final do Mundial de Clubes da Fifa.
Como se não bastasse ter logo na estreia da chave o atual dono da taça, a equipe alviverde, que ontem inscreveu o zagueiro Marcão, ex-Internacional, caiu em um grupo encardido. Amanhã, Sport e Colo Colo, os outros dois integrantes, medirão forças em Santiago.
Os chilenos, que ganharam a Libertadores em 1991, são os atuais campeões nacionais.
Já o Sport, que venceu o primeiro turno do Pernambucano, foi o principal algoz palmeirense em 2008. Eliminou-o da Copa do Brasil e venceu os dois duelos diretos pelo Brasileiro.
Dos demais participantes brasileiros, talvez o São Paulo seja outro com missão complicada. Enfrentará os colombianos de Independiente de Medellín -em sua estreia, amanhã- e América de Cali, além do Defensor, do Uruguai.
Os representantes do país tentarão retomar uma hegemonia recente na competição.
Desde que o São Paulo recolocou o Brasil no topo do continente, em 1992, o país esteve presente em 14 das 17 decisões. Os oito títulos obtidos fizeram a Argentina, maior vencedora da história da Libertadores, com 21 troféus (contra 13 do Brasil), ficar para trás durante o período, com seis conquistas.