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FUTEBOL
Após ser derrotado, clube toma a mesma atitude do Corinthians e exige um parecer do Comitê Executivo da entidade
São Paulo, agora, também questiona FPF
MARÍLIA RUIZ
RICARDO PERRONE
DA REPORTAGEM LOCAL
Depois da vitória corintiana por
3 a 2, ontem, vai ficar ainda mais
acirrada a disputa de bastidores
com o São Paulo pela vantagem
em caso de empate no saldo de
gols nos dois jogos da decisão do
Campeonato Paulista.
Pelo regulamento, rasgado pela
Federação Paulista, o Corinthians
seria campeão até com uma derrota por um gol de diferença no
sábado, mas a entidade passou a
vantagem ao time do Morumbi.
Os corintianos pressionam a
FPF desde a semana passada, e
agora os são-paulinos prometem
tomar a mesma atitude.
No time do Parque São Jorge, o
técnico Geninho conta com uma
vitória nos bastidores para ter
mais tranquilidade no segundo
jogo da decisão. "Poder perder
por um gol de diferença é uma
vantagem bem maior do que jogar pelo empate, não podemos
desprezá-la", disse ele.
A diretoria do São Paulo ameaça pressionar a Federação Paulista nesta semana. O diretor de futebol do clube, Carlos Augusto Barros e Silva, afirmou ontem que
seu time não entrará em campo
para o segundo jogo sem que a
entidade volte a se pronunciar oficialmente sobre o assunto.
"A federação tomou uma posição dando a vantagem ao São
Paulo, mas, como surgiu essa
questão do comitê executivo, ela
precisa se manifestar de novo",
afirmou o dirigente.
Na segunda-feira passada, a FPF
rasgou o regulamento do Paulista
dando a vantagem em caso de
igualdade nas finais ao São Paulo.
O Corinthians teria a vantagem
no caso de igualdade no saldo de
gols nos dois jogos finais por ter
recebido menos cartões vermelhos que o rival -dois contra três.
De acordo com a federação, a
vantagem foi dada ao time de Oswaldo de Oliveira porque os são-paulinos têm melhor saldo de gols
durante todo o campeonato.
Segundo Farah, o texto das regras foi mal redigido e o desempate no saldo de gols é mais justo
por ser um critério técnico.
Só na sexta-feira, a diretoria do
Corinthians tomou uma medida
prática, ao pedir que o comitê
executivo, que tem o poder de decidir casos omissos e interpretar o
regulamento, seja reunido.
Por enquanto, a entidade não
marcou nenhuma reunião. Os dirigentes corintianos evitam falar
que atitude irão tomar caso o comitê não seja convocado, mas dizem que a disputa pode continuar
até depois da segunda partida.
O comitê, presidido por Eduardo José Farah, presidente licenciado da FPF, tem sete integrantes.
Entre eles, estão Edvar Simões,
gerente de futebol do Corinthians, e Juvenal Juvêncio, um dos
mais influentes conselheiros do
São Paulo. Ele afirmou que não
acredita na convocação do comitê. "Acredito que a federação vai
deixar a vantagem com o São
Paulo", disse Juvêncio.
Em meio à confusão, dirigentes
dos dois times dizem não ter responsabilidade na elaboração do
regulamento. "Só nos reunimos
para decidir quantos clubes jogariam e em quantos grupos eles seriam divididos. O regulamento
nos foi enviado depois", disse
Barros e Silva. "Nenhum clube assinou o regulamento, isso não
existe", completou Citadini.
No jogo de ontem, apesar de
Oliveira ter dito que seu time esqueceria a vantagem, o São Paulo
se preocupou em segurar a igualdade no segundo tempo. Justamente quando a equipe mais pensava em se defender e gastar o
tempo, levou o terceiro gol.
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