|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
BASQUETE
Federação Paulista impõe nova regra e abre brecha para times femininos se reforçarem até a fase dos mata-matas
Estadual muda e começa com incógnita
ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL
Com nova regra, o Paulista feminino começa hoje com uma incógnita. O Americana, azarão na
última decisão do Nacional, inicia
o campeonato como favorito. Porém tal vantagem pode sumir durante o Estadual de São Paulo.
O torneio terá a participação,
além do Americana, de Ourinhos,
Santo André, São Paulo-Guaru,
Jundiaí, São Bernardo e São Caetano, que abrem hoje a disputa.
Neste ano, por força de uma sugestão do presidente da FPB (Federação Paulista de Basquete),
Toni Chakmati, o regulamento do
campeonato sofreu alteração.
Agora, as equipes podem contratar reforços até um dia antes do
início das semifinais. Até o ano
passado, o prazo expirava mais
cedo, no final do primeiro turno.
"Eu impus essa mudança. Acho
que o torneio deve terminar com
um nível técnico mais elevado",
conta Chakmati, que convenceu
as equipes em reunião realizada
no dia 5, na sede da federação.
Com isso, jogadoras como Silvinha, Helen, Erika, Adrianinha e
Micaela, que estão disputando as
principais ligas européias, poderão retornar ao Brasil para reforçar algum time na fase final.
"Criou-se um novo campeonato. A primeira fase será um torneio. Os mata-matas serão outro.
Dependendo dos reforços, deixamos de ser favoritos", analisa
Paulo Bassul, técnico do Americana, que foi contra a mudança.
Por enquanto, o Americana é
apontado até pelos rivais como o
time mais estruturado. Do grupo
que venceu o Nacional feminino,
Bassul perdeu só Micaela. A cestinha do Brasileiro-03, transferiu-se para o Reggio Emilia, da Itália.
"Ela deve retornar nos mata-matas", informa o treinador.
No ano passado, a equipe de
Americana ergueu o troféu em todos os campeonatos de que participou: foi campeã do Paulista, dos
Jogos Regionais, dos Jogos Abertos do Interior e do Nacional.
Nesse torneio, desbancou o Ourinhos, que iniciou a decisão invicto, mas foi derrotado por 3 a 2.
"Largamos na frente no Paulista, mas isso não quer dizer nada.
Não somos favoritos, estamos favoritos", diferencia Bassul.
O principal nome disponível no
mercado é a ala Janeth. Principal
estrela da seleção brasileira, a ala
deve voltar a jogar no segundo
turno, que começa em 10 de abril.
Janeth não atua oficialmente
desde que, defendendo o Ourinhos, perdeu a decisão do Nacional para o Americana, em janeiro.
Agora, deve mudar de clube.
"Estamos negociando, mas ainda não fechamos com ninguém. A
maior probabilidade é ela ir jogar
no São Paulo-Guaru. A Janeth
quer ficar mais perto do centro de
formação de basquete", afirma
Karine Batista, agente da jogadora, referindo-se ao projeto social
com crianças carentes, que é
mantido pela ala em Santo André.
Quem mais perdeu atletas foi o
Ourinhos. O clube reduziu drasticamente sua folha de pagamento.
Além de Janeth, deixaram a cidade a armadora Gattei, as alas
Silvinha, Cristina e Aide e as pivôs
Erika e Eliane. Agora, o clube do
interior aposta na juventude.
"Estamos com uma base sub-21,
com Lelé, Fernanda, Natália e Ana
Flávia", diz o técnico Antonio
Carlos Vendramini, lembrando
as jogadoras do time vice-campeão do Mundial sub-21 de 2003.
Texto Anterior: O que ver na TV Próximo Texto: Atletismo: Brasil aumenta número de testes e vê recorde de casos de doping Índice
|