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ATLETISMO
Campeão de 2004 descarta pódio e usa prova como teste para evento na Itália, onde tentará índice para Mundial
Tática, Maratona de SP "despreza" tempo
DA REPORTAGEM LOCAL
O defensor do título está tão
bem preparado que nem vai completar a Maratona de São Paulo-2005, cuja largada será às 9h.
Por mais paradoxal que pareça,
a explicação de Henrique Viana,
técnico do campeão de 2004,
Franck Caldeira, faz sentido.
No ano passado, o fundista largou como "coelho" (atleta que dita o ritmo no início da prova),
mas, como estava se sentindo
bem após a metade do percurso,
decidiu completar os 42,195 km.
A vitória, em sua primeira maratona, lhe rendeu R$ 15 mil, um
carro e enorme projeção, já que a
prova é transmitida ao vivo pela
principal emissora de TV do país.
"Vencer em São Paulo é excelente para o currículo, mas é uma
prova que prioriza a classificação,
não o tempo", afirmou Viana.
E é justamente o tempo o que o
corredor busca agora. Caldeira já
possui o índice para o Mundial de
Helsinque (duas horas e 18 minutos), em agosto, mas não está entre os cinco primeiros do ranking
brasileiro que garantem vaga.
"Ele vai usar a prova neste ano
como treino, correr até o quilômetro 24 e parar", afirma Viana.
Caldeira pretende entrar entre
os cinco melhores na Maratona
de Padova (ITA), no próximo domingo. O próprio diretor técnico
da Maratona de São Paulo, Manuel Garcia Arroyo, afirma que a
prova é mais tática do que técnica.
"As desvantagens daqui em relação a outras provas mais rápidas começa na altitude", diz Arroyo. "O ideal seria o nível do mar,
mas São Paulo está a 800 metros."
Os atletas também apontam a
topografia do percurso (muitos
aclives e declives) e a temperatura
(muito alta) como fatores que impedem grandes marcas na cidade.
Por todos esses fatores, mesmo
atletas que ainda não conseguiram a projeção de Caldeira sabem
que o momento agora é de pensar
em colocação, e não em tempo.
Marily dos Santos, sétima em
2004, afirma que o objetivo é chegar entre as cinco primeiras e ir ao
pódio. "Quero estar ali na festa."
Já que o índice técnico não é o
forte da prova de hoje, a organização do evento procura incentivar
a disputa por colocações.
Hoje as mulheres largaram 23
minutos antes dos homens.
A previsão é que os líderes das
duas categorias cheguem ao final
praticamente juntos, mas isso não
parece animar os competidores.
"Se estiver na frente, vou me
preocupar com as mulheres",
afirmou Márcia Narloch, bicampeã da prova (1999 e 2000).
NA TV - Globo, ao vivo, a partir das 9h
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