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TAEKWONDO
Após ouro de Natália Falavigna, país tenta hoje subir de novo ao pódio, com Diogo Silva
Wenceslau dá prata ao Brasil no Mundial
DA REPORTAGEM LOCAL
O Brasil conquistou ontem sua
segunda medalha no Mundial de
taekwondo que está sendo disputado em Madri (Espanha).
Após o ouro obtido na quinta-feira por Natália Falavigna na categoria até 72 kg, o pódio desta
vez saiu no masculino. Márcio
Wenceslau obteve a prata entre os
lutadores que pesam até 62 kg.
Na luta decisiva, Wenceslau
perdeu para o sul-coreano Kim
Jae-sik pelo placar de 5 a 3. A Coréia do Sul é a principal potência
mundial no taekwondo.
Para alcançar a final, o brasileiro
teve que superar cinco adversários: Achmed Boumrah, da Bélgica (8 a 6), Serik Isslam, do Cazaquistão (3 a 2), Gerrie Permadi, da
Indonésia (9 a 3), Lin Yi Jui, de
Taiwan (9 a 8, nas quartas-de-final) e Llan Goldshmidt, de Israel
(8 a 6, na semifinal).
Antes da medalha de Wenceslau, o Brasil havia conquistado
três pratas em Mundiais da modalidade, com Alysson Yamaguti,
Milton Iyama e Leonildes Santos.
O ouro de Natália Falavigna,
que já havia sido bronze na edição
de 2003, na Coréia do Sul, foi o
primeiro do país, que também já
subira ao degrau menos nobre do
pódio com dois atletas: Lucélio
Aurélio e Jorge Gonçalves.
Wenceslau vem de uma família
adepta ao taekwondo. Seu pai foi
praticante e o introduziu no esporte, juntamente com seus três
irmãos. Marcel, um desses irmãos, defendeu o Brasil na Olimpíada de Atenas, em 2004.
Márcio e Marcel foram por vários anos rivais, pois competiam
na mesma categoria de peso: até
58 kg. Rivais nas seletivas, cada
um se classificou para um Pan-Americano. Márcio para o de
Winnipeg-99, no Canadá, e Marcel para o de Santo Domingo-03,
na República Dominicana.
Arte marcial de origem sul-coreana, o tae (pés) kwon (mãos) do
(caminho) desembarcou no Brasil apenas em 1970. O primeiro
Mundial da modalidade aconteceu três anos depois, mas o Brasil
só fez sua estréia em Chicago-77.
Em Olimpíadas, a modalidade
apareceu como esporte de demonstração "em casa", nos Jogos
de Seul-88. Somente em Sydney-00 o taekwondo adquiriu o status
de esporte olímpico.
Até Atenas-04, os sul-coreanos
detiveram a hegemonia olímpica.
Na Grécia, apesar de os quatro representantes do país terem conseguido medalhas (dois ouros e dois
bronzes), o local de origem da luta
foi desbancado por Taiwan, dono
de dois ouros e uma prata.
Disputado a cada dois anos, o
Mundial só passou a ter a presença constante do Brasil há 20 anos,
a partir de 1985. A edição realizada em Madri é a 17ª para os homens e a 10ª para as mulheres.
Hoje, dia final de combates na
capital espanhola, os brasileiros
têm esperança de arrematar mais
uma medalha, com Diogo Silva,
competidor que, a exemplo de
Natália Falavigna, ficou na quarta
colocação nos Jogos gregos.
Diogo chamou a atenção por,
após lutar em Atenas, ter erguido
uma luva preta -repetindo o
gesto de americanos que homenagearam os Panteras Negras na
Olimpíada de 1968, no México.
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