|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Defesa de ex-diretor da Lusa deve incriminar vice-presidente
MARCELO DAMATO
da Reportagem Local
Gravações de conversas entre o
vice-presidente de futebol da Lusa,
Ilídio Lico, e o seu ex-subordinado
Camões Salazar devem envolver
ainda mais o comandante do departamento de futebol no escândalo que atinge o clube.
Um inquérito policial investiga
diretores da Lusa, que são suspeitos de realizar duas fraudes, uma
dentro da outra: a criação de um
esquema de suborno na partida
contra a Portuguesa Santista pelo
Paulista de 1998 e o desvio do dinheiro (R$ 130 mil) que seria usado no esquema por alguns diretores, sem a ciência dos demais.
Segundo o delegado Arlindo José
Negrão Vaz, um dos advogados de
Salazar, Leônidas Ribeiro Scholz,
lhe afirmou que seu cliente vai levar provas de sua inocência e do
envolvimento de outros dirigentes
em irregularidades. Entre as provas estão essas fitas.
O depoimento de Salazar, que
deverá acontecer na próxima semana, será o mais importante do
inquérito.
Até agora, todos os depoimentos
apontam Salazar o autor do desvio
de R$ 130 mil dos cofres do clube.
O empresário de futebol Toninho
Silva confessou que recebeu o dinheiro indevidamente, mas afirma
que o devolveu a Salazar, que nega
as acusações.
Apesar das evidências reveladas
pela Folha, como o contrato da Lusa com o então goleiro da Santista,
Nasser, e a senha que este fez antes
do jogo a pedido de Silva, por intermédio do técnico Orlando Pereira, os dirigentes da Lusa negam
a trama do suborno.
O presidente da Federação Paulista, Eduardo José Farah, prometeu, se for confirmada a trama, eliminar os envolvidos do futebol.
A Folha tentou localizar Salazar e
Lico, mas não conseguiu. Deixou
recado no escritório de Scholz, que
não ligou de volta até o fechamento desta edição.
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
|