São Paulo, sexta-feira, 17 de maio de 2002

Próximo Texto | Índice

PAINEL FC

Envaidecido
Os elogios de Ricardo Teixeira parecem ter amolecido o coração de Scolari. O técnico já não é tão veemente quando fala sobre seu futuro pós-Copa. Ontem, agradeceu ao dirigente, com um abraço, e já afina seu discurso: "Acho que o trabalho principal na seleção tem que ser feito em todas categorias de base". Com ele, Scolari, no comando, claro.

Na área
O empresário do atacante Ronaldo, Alexandre Martins, acompanhou ontem o treino da seleção em Barcelona. A presença dele na cidade -está hospedado no mesmo hotel de Teixeira- aumentou as especulações em torno da transferência do jogador para o Barcelona. Ele diz que não, que vai apenas acompanhar o amistoso de amanhã.

Saia justa
Causou mal-estar em Barcelona a nota divulgada por Falcão de que não tem nada acertado com Teixeira para assumir a diretoria-geral de seleções após a Copa. O prejuízo é duplo. De um lado, ficou a impressão de que Teixeira blefou. Do outro, a de que o ex-jogador não irá honrar um compromisso assumido com a CBF.

Feitiço contra feiticeiro
Scolari terminou ontem seu estudo sobre a Turquia, primeiro adversário da seleção na Copa. Hoje fará uma palestra sobre o tema aos jogadores. O técnico disse que, pelo que viu, o perigo serão as bolas alçadas. Os atacantes adversários são altos.

Enrolado
Antes de ver os vídeos com os jogos da Turquia Scolari tomou um baile do videocassete do hotel. Teve que pedir socorro um cinegrafista da TV Globo.

Raquete turbinada
Larri Passos está usando a F-1 para explicar o desempenho de Kuerten em Hamburgo. Na segunda rodada, disse que Guga "ainda não está como a Ferrari do Rubinho, mas está vencendo jogos". Ontem, a explicação foi outra: "Guga foi o Senna da Toleman. Não está com a melhor máquina, mas está encontrando uma maneira de vencer".

Exigências
Fábio Koff dirá aos afiliados da Liga Nacional na segunda-feira que só aceitará continuar conversando com a CBF sobre a co-organização do Brasileiro se a entidade, reconhecida, formular regulamento e tabela da competição. A confederação só teria que aprovar o que for decidido pelos clubes e gerir arbitragem, tribunais e exames antidoping.

Calçado
O dirigente conta com o apoio da Globo na empreitada. E deve receber também o referendo dos clubes, inclusive o dos cariocas.

Todo poderoso...
A final entre Corinthians e Brasiliense rendeu anteontem à Globo uma das maiores audiências do ano em eventos esportivos. A emissora obteve média de 48 pontos no Ibope. Os jogos da seleção às quartas costumam girar em torno de 45 -cada ponto equivale a cerca de 47 mil domicílios na Grande SP.

Fogos
A Record, com média de 9 pontos, também comemorou a marca. Com pico de 18, chegou a estar em segundo lugar. Na média, no entanto, ficou atrás do SBT, que cravou 12.

Sono dos justos
A festa do Corinthians em Brasília varou a madrugada e não foram poucos os integrantes da delegação que dormiram profundamente no vôo de Brasília para São Paulo ontem.

Alvo predileto
No avião, a cúpula corintiana tratou de afinar o discurso contra Luiz Estevão, presidente do Brasiliense, que não reservou lugares para os dirigentes paulistas. Reynaldo Carneiro Bastos, vice da Federação Paulista, ouviu e ficou de repassar as reclamações para a CBF.

Improviso
Anteontem, o vice Roque Citadini se ajeitou em uma cabine de rádio e atacou de comentarista. O presidente Alberto Dualib e uma legião de diretores corintianos estavam no estádio, mas assistiram ao jogo pela TV. Foram acomodados em uma cabine fechada, sem visão para o campo.

E-mail:
painelfc.folha@uol.com.br

DIVIDIDA

De Scolari, para os jornalistas que não conseguiam se organizar para a coletiva do treinador ontem, em Barcelona:
- Vocês não se entendem. Parecem até o meu time.

CONTRA-ATAQUE

Prêmio dividido

Ao deixar o gramado do estádio Olímpico de Barcelona ontem, o atacante Ronaldo, entusiasmado com seu desempenho no jogo-treino contra o Espanyol B, decidiu agraciar seus pequenos fãs.
Na cidade espanhola onde Ronaldo jogou nos anos de 1996 e 1997 pelo Barcelona, o atacante foi assediado por um batalhão de crianças.
Em meio aos insistentes pedidos de autógrafos ontem à tarde, Ronaldo atirou para a garotada a camisa com a qual disputou o jogo-treino da seleção.
O alvoroço foi grande. Dezenas de crianças se aglomeraram e lutaram palmo a palmo para conseguir a preciosa vestimenta do atacante.
Quando a roda que havia se formado em volta do ponto onde a camisa caiu se abriu, dois garotos permaneciam atracados ao pedaço de pano amarelo.
A disputa foi incansável. E a solução encontrada para o problema foi a divisão do troféu.
Rubén Rogo, 13, ficará uma semana com a camisa. Ramón Fortuny, 14, outra.
E assim sucessivamente.



Próximo Texto: A falta tática, na falta de arte
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.