São Paulo, sexta-feira, 17 de maio de 2002

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COPA 2002/ AS CHAVES DA COPA

Italianos estréiam de olho no jogo da final

Equador, Croácia e México são o primeiro passo para alcançar a decisão

É bem possível que o Grupo G seja o que registre o menor número de gols na primeira fase da Copa do Mundo deste ano. Não só porque tem a Itália como cabeça-de-chave, mas porque os demais times da chave melhoraram defensivamente e possuem alguns problemas na parte ofensiva.
Os italianos, para não variar, levam ao Mundial a suposta melhor defesa do planeta. Nesta, considerado por muitos o melhor zagueiro do mundo, sofreu grave contusão e não jogará o Mundial nas suas melhores condições. Porém Cannavaro e Maldini são companheiros experientes, e a defesa estará bem protegida por meio-campistas como Zambrotta, Tommasi e Di Biagio. Em último caso, um goleirão, Buffon (poderia ser o hoje reserva Toldo), atrapalha o ataque do adversário.
A Croácia, por sua vez, sofreu apenas dois gols nas eliminatórias. A defesa é a principal arma da equipe que teve o artilheiro do último Mundial, o centroavante Davor Suker, agora em baixa.
A dupla de zaga formada por Tudor e Simic é uma das melhores do mundo, mas, para a sorte dos rivais, o primeiro se contundiu com gravidade e está descartado. O sistema defensivo croata está mais vulnerável, mas será mesmo assim um bom obstáculo.
México e Equador criaram a fama ao longo dos tempos de sacos de pancada. Os primeiros sempre vão aos Mundiais e apanham. Os segundos sempre eram presas fáceis nas eliminatórias. As coisas, no entanto, mudaram um pouco.
Os mexicanos estão adotando o 3-5-2, como o Brasil. O sistema está melhorando a defesa do país, que sofreu com a contusão do veterano Suárez, mas terá vários jogadores jovens de bom nível.
Já o Equador, em um tradicional 4-4-2, aprendeu a se proteger. Nas eliminatórias e em amistosos, o time do colombiano Hernán Darío Gómez foi bastante testado, e sua defesa, outrora uma peneira, respondeu bem. Na Copa, como zebra, o time jogará fechado, dificultando para os atacantes rivais.
Dessa forma, são esperados jogos com muita marcação e poucos gols. A Itália, é verdade, melhorou seu setor ofensivo desde 98, especialmente pela presença de Totti na ligação do meio com o ataque, mas, por tradição, 2 a 0 é goleada para a Azzurra.



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