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A Itália é mais uma pedrinha
CARLOS ALBERTO PARREIRA
ESPECIAL PARA A FOLHA
A Itália é mais uma pedrinha rumo ao penta. Além de
ser tri, há a famosa mística da camisa azul. Depois de ir à final da
Eurocopa, da fácil classificação nas
eliminatórias e da renovação, a
equipe passou a ser considerada
uma das favoritas. É comandada
pelo mais laureado técnico do futebol italiano, ferrenho defensor do
catenaccio e discípulo de Heleno
Herrera, o rei do contra-ataque.
Com time de qualidade, jogará
no 3-5-2 nas suas características:
forte marcação e contra-ataques. É
equilibrada, com grande goleiro,
Buffon, a experiência de Maldini,
Tommasi e Totti no meio e, na
frente, Vieri e Del Piero.
Depois do sufoco nas eliminatórias, o México precisou mudar de
técnico e tática. Entrou Aguirre.
Saiu o 4-4-2 e entrou o 3-5-2, que se
ajustou melhor às qualidades dos
jogadores, mais voltados ao ataque. Isso foi o grande trunfo da
equipe, sólida, disciplinada taticamente e de boa condição física.
O sonho do Equador de ir à Copa
tornou-se realidade com o histórico 1 a 0 no Brasil. Gómez fez do jogo coletivo e disciplinado quase
uma obsessão. Deu confiança ao
grupo. Jogará no 4-3-1-2, com três
volantes e uma estrela, Aguinaga,
que faz o trabalho de ligação. Jogam com velocidade e dedicação.
O espírito de luta é elogiável. O técnico soube tirar a pressão da equipe dizendo que vão à Copa para
aprender. Deixa a ressalva que talvez eles não sejam o pior estudante.
A Croácia é a mais jovem força
da elite do futebol. Na bagagem,
quartas-de-final na Euro-96 e 3º
lugar na Copa-98. Cuidados defensivos e a filosofia do técnico Jozic
têm dado resultados. Foi a equipe
menos vazada nas eliminatórias.
Tem astuto estilo de jogo, disciplina tática e versatilidade. É rival à
altura de qualquer seleção. Tem
atletas espalhados pela Europa.
Boksic é experiente. Prosinecki é o
cérebro. Suker, artilheiro em 98, é
bom tecnicamente. Kovac é um dos
melhores defensores do mundo.
Balaban tem força física e precisão.
Carlos Alberto Parreira, 59, foi o técnico campeão da Copa do Mundo de 1994,
nos EUA, e hoje dirige o Corinthians
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