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FUTEBOL
De promessa no São Paulo em 1994 a esperança do Palmeiras em 2005, meia tenta repetir sucesso de 11 anos atrás
Juninho vê clássico do outro lado do muro
Fernando Donasci/Folha Imagem
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Palmeirenses fazem fila no Parque Antarctica para comprar ingressos do primeiro jogo do duelo com o São Paulo pela Libertadores |
PAULO GALDIERI
TONI ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL
O ano é 1994. Oitavas-de-final
da Taça Libertadores da América.
De um lado estava o super Palmeiras, de Edmundo, Evair, César
Sampaio, Zinho e Mazinho, entre
outros. Todos comandados por
Vanderlei Luxemburgo. Do outro, o então bicampeão mundial
interclubes São Paulo.
No banco de reservas são-paulino estava a então promessa Juninho, de 21 anos, que pôde comemorar a eliminação do arqui-rival
após duas partidas eletrizantes.
Onze anos depois daquele confronto e com a bagagem de ter jogado no exterior, o meia tem nova
oportunidade de participar do
clássico pela Libertadores, mas do
outro lado do duelo.
Desta vez ele não é o coadjuvante do São Paulo, mas sim uma das
esperanças palmeirenses para suplantar o rival e seguir adiante.
Porém, há semelhanças entre os
dois momentos da carreira do
pentacampeão. Naquela oportunidade, o favorito era o Palmeiras,
que havia conquistado o bicampeonato estadual e celebrava os
primeiros louros conquistados
sob a co-gestão com a Parmalat.
"O Palmeiras tinha um elenco
até melhor do que a gente e vivia
um momento até melhor do que o
nosso. Lembro também que o Roberto Carlos fez uma grande partida no primeiro jogo, mas nós
conseguimos fazer dois jogos
muito bons e vencemos", relembra o ex-são-paulino.
Agora, os papéis estão invertidos. O São Paulo, atual campeão
paulista, entra como favorito.
Ainda mais se for levado em conta
o fato de que o Palmeiras ainda
tenta estruturar o time, com a entrada dos reforços que chegaram
com a temporada em andamento.
Entre eles Juninho -que ontem foi inscrito na Libertadores
com Marcinho e Washington-,
que tira do duelo de 1994 o ensinamento para motivar seus companheiros a superar o rival.
"Naquela situação ou no jogo de
quarta serve a mesma lição. Em
clássico, as forças se equivalem.
Não se pode apontar um favorito.
Não há receita para vencer."
Mas, se o meia não ajudar jogando, os palmeirenses contam
com ele para a função de talismã,
como disse Magrão: "Tomara que
continue dando Juninho".
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