São Paulo, terça-feira, 17 de maio de 2005

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

FUTEBOL

De promessa no São Paulo em 1994 a esperança do Palmeiras em 2005, meia tenta repetir sucesso de 11 anos atrás

Juninho vê clássico do outro lado do muro

Fernando Donasci/Folha Imagem
Palmeirenses fazem fila no Parque Antarctica para comprar ingressos do primeiro jogo do duelo com o São Paulo pela Libertadores


PAULO GALDIERI
TONI ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL

O ano é 1994. Oitavas-de-final da Taça Libertadores da América. De um lado estava o super Palmeiras, de Edmundo, Evair, César Sampaio, Zinho e Mazinho, entre outros. Todos comandados por Vanderlei Luxemburgo. Do outro, o então bicampeão mundial interclubes São Paulo.
No banco de reservas são-paulino estava a então promessa Juninho, de 21 anos, que pôde comemorar a eliminação do arqui-rival após duas partidas eletrizantes.
Onze anos depois daquele confronto e com a bagagem de ter jogado no exterior, o meia tem nova oportunidade de participar do clássico pela Libertadores, mas do outro lado do duelo.
Desta vez ele não é o coadjuvante do São Paulo, mas sim uma das esperanças palmeirenses para suplantar o rival e seguir adiante.
Porém, há semelhanças entre os dois momentos da carreira do pentacampeão. Naquela oportunidade, o favorito era o Palmeiras, que havia conquistado o bicampeonato estadual e celebrava os primeiros louros conquistados sob a co-gestão com a Parmalat.
"O Palmeiras tinha um elenco até melhor do que a gente e vivia um momento até melhor do que o nosso. Lembro também que o Roberto Carlos fez uma grande partida no primeiro jogo, mas nós conseguimos fazer dois jogos muito bons e vencemos", relembra o ex-são-paulino.
Agora, os papéis estão invertidos. O São Paulo, atual campeão paulista, entra como favorito. Ainda mais se for levado em conta o fato de que o Palmeiras ainda tenta estruturar o time, com a entrada dos reforços que chegaram com a temporada em andamento.
Entre eles Juninho -que ontem foi inscrito na Libertadores com Marcinho e Washington-, que tira do duelo de 1994 o ensinamento para motivar seus companheiros a superar o rival.
"Naquela situação ou no jogo de quarta serve a mesma lição. Em clássico, as forças se equivalem. Não se pode apontar um favorito. Não há receita para vencer."
Mas, se o meia não ajudar jogando, os palmeirenses contam com ele para a função de talismã, como disse Magrão: "Tomara que continue dando Juninho".


Texto Anterior: Tênis: Após Hamburgo, Guga volta a ser top 100
Próximo Texto: Bilhetes para o jogo acabam em cerca de 5 horas
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.