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Brasileiro chega a Roland Garros como favorito
da Reportagem Local
O brasileiro Gustavo Kuerten é
""o tenista a ser batido no Aberto da
França", que começa na segunda-feira. Essa é a opinião do australiano Patrick Rafter, que foi derrotado por Kuerten ontem na final do
Aberto de Roma.
""Eu não digo que ele vá vencer,
mas ele é o jogador em melhor forma no momento", acrescentou o
australiano, que acrescentou que o
brasileiro foi ""bom demais" para
ele na partida de ontem.
O favoritismo de Kuerten é respaldado pelas vitórias nos torneios
Super 9 de Montecarlo (no fim de
abril) e de Roma, que são disputados em quadras de saibro, a exemplo de Roland Garros.
O Aberto da França deste ano é
importante para Kuerten por vários motivos.
Foi lá que, há dois anos, ele entrou para a elite do tênis internacional ao vencer a competição de
forma surpreendente e dramática,
tendo disputado vários jogos em
cinco sets e conseguindo vitórias
sobre os três campeões anteriores
do torneio, o russo Yevgeny Kafelnikov, vencedor em 1996, o austríaco Thomas Muster (1995) e o
espanhol Sergi Brugera (1993 e
1994). Chegou à França como 66º
do mundo. Saiu como 14º.
No ano seguinte, sob a pressão de
defender os pontos, Kuerten foi
derrotado na segunda rodada pelo
russo Marat Safin.
Por isso, desta vez, o brasileiro
tem grande chance de somar pontos e subir no ranking mundial.
Se vencer, Kuerten não só se consagra como o melhor jogador de
saibro da atualidade, posto que
num passado recente já foi do austríaco Thomas Muster, hoje em decadência, como praticamente garante um lugar na Copa do Mundo
(que reúne apenas os oito melhores do ano), no final do ano, em
Hannover, na Alemanha.
Nesse caso, ele aumentaria ainda
mais sua vantagem como o jogador que acumulou mais pontos e
dinheiro em todo o circuito internacional, neste ano.
Kuerten chega a Paris com um
retrospecto muito favorável a ele.
Neste ano, derrotou duas vezes
Carlos Moyá, terceiro do mundo, e
duas Alex Corretja, sétimo, os espanhóis que fizeram a final do
Aberto francês e da Copa do Mundo no ano passado.
Kuerten citou Moyá e mais os espanhóis Albert Costa e Félix Mantilla e o chileno Marcelo Ríos, todos especialistas em saibro, como
os rivais a quem gostaria de evitar
antes da final (leia texto ao lado).
Com a campanha em Roma,
Kuerten garantiu a condição de cabeça-de-chave em Roland Garros.
Isso porque ele chegou à Itália como 14º do mundo (são 16 os cabeças-de-chave na França), mas defendia 186 pontos conquistados
por ter chegado à semifinal do ano
passado.
"Não vou chegar achando que
sou favorito. Vou sem expectativas", disse Kuerten, ao comentar
sua condição no Aberto da França.
Ele e seu técnico Larri Passos viajam hoje para Paris, onde o tenista
deve descansar um ou dois dias antes de iniciar a preparação para a
estréia. Os cabeças-de-chave serão
anunciados até quarta-feira.
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