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Atletas resolvem se vingar da bola mais "cornetada"
RENAN CACIOLI
DE SÃO PAULO
A primeira rodada da Copa
do Mundo da África do Sul
mostrou que a Jabulani merece um direito de resposta.
Depois de tanto reclamarem da bola oficial do campeonato, os jogadores resolveram se "vingar" e proporcionaram momentos da mais
alta tosquice futebolística.
Passes errados e chutes na
lua provaram que ou a polêmica esfera é, de fato, um dos
objetos mais mal fabricados
do século, ou tantas ofensas
à redonda foram em vão.
Para começar, as 32 seleções só conseguiram marcar
25 gols nas 16 partidas inaugurais. A média de 1,56 gol
por jogo é, simplesmente, a
pior da história das Copas.
"Quando você vai chutar
ou cabecear, ela se mexe. É
sobrenatural essa bola", disse Luis Fabiano, antes da Copa. Sobrenatural foi ele ter finalizado uma única vez (e errado) ante a Coreia do Norte.
A pontaria, segundo o Datafolha, foi um dos fundamentos em crise no debute
das equipes, que acertaram
apenas 30,4% dos chutes.
Os 4 a 0 que a Alemanha
aplicou na Austrália, no Grupo D, podem ser considerados uma aberração. A tônica,
pelo menos até aqui, foi a
"goleada" por 1 a 0 que a Eslovênia aplicou na Argélia.
Até a última esperança dos
apreciadores do esporte, a
Espanha, passou em branco.
Nada menos do que oito
partidas terminaram com um
gol ou nenhum. Não havia
artilheiro na África até ontem, já que nenhum atleta
marcara mais de um tento
-ainda bem que Forlán e o
Uruguai parecem ter reaprendido a balançar as redes.
Até um dos poucos a conseguir domar a bola não desperdiçou a chance de ofendê-la. "A bola é muito complicada", declarou Messi, pouco
após a vitória da Argentina
diante da Nigéria. Tudo bem,
Jabulani, esse pode.
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