São Paulo, quinta-feira, 17 de junho de 2010

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Atletas resolvem se vingar da bola mais "cornetada"

RENAN CACIOLI
DE SÃO PAULO

A primeira rodada da Copa do Mundo da África do Sul mostrou que a Jabulani merece um direito de resposta.
Depois de tanto reclamarem da bola oficial do campeonato, os jogadores resolveram se "vingar" e proporcionaram momentos da mais alta tosquice futebolística.
Passes errados e chutes na lua provaram que ou a polêmica esfera é, de fato, um dos objetos mais mal fabricados do século, ou tantas ofensas à redonda foram em vão.
Para começar, as 32 seleções só conseguiram marcar 25 gols nas 16 partidas inaugurais. A média de 1,56 gol por jogo é, simplesmente, a pior da história das Copas.
"Quando você vai chutar ou cabecear, ela se mexe. É sobrenatural essa bola", disse Luis Fabiano, antes da Copa. Sobrenatural foi ele ter finalizado uma única vez (e errado) ante a Coreia do Norte.
A pontaria, segundo o Datafolha, foi um dos fundamentos em crise no debute das equipes, que acertaram apenas 30,4% dos chutes.
Os 4 a 0 que a Alemanha aplicou na Austrália, no Grupo D, podem ser considerados uma aberração. A tônica, pelo menos até aqui, foi a "goleada" por 1 a 0 que a Eslovênia aplicou na Argélia.
Até a última esperança dos apreciadores do esporte, a Espanha, passou em branco.
Nada menos do que oito partidas terminaram com um gol ou nenhum. Não havia artilheiro na África até ontem, já que nenhum atleta marcara mais de um tento -ainda bem que Forlán e o Uruguai parecem ter reaprendido a balançar as redes.
Até um dos poucos a conseguir domar a bola não desperdiçou a chance de ofendê-la. "A bola é muito complicada", declarou Messi, pouco após a vitória da Argentina diante da Nigéria. Tudo bem, Jabulani, esse pode.


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