São Paulo, quinta-feira, 17 de junho de 2010

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Técnicos festejam retaguarda, e Fifa evita análise já

DO ENVIADO A JOHANNESBURGO

"O adversário foi sólido, como vocês verão nos próximos jogos. Nós o impedimos de construir quase qualquer movimento. Jogamos bem." Essa foi a explicação do técnico francês, Raymond Domenech, após o empate sem gols com o Uruguai, que ele definiu como "ótimo".
Sua frase é um retrato da mentalidade de boa parte dos treinadores nesta Copa. E explica a baixa média de gols e os seguidos empates.
Não foi raro ver dois treinadores saindo satisfeitos com um resultado, como no outro jogo que terminou em 0 a 0 (Costa do Marfim x Portugal).
"Temos um ponto no jogo contra um favorito do grupo", festejou o técnico do time europeu, Carlos Queiroz.
"Portugal tem atacantes rápidos. Não podíamos nos expor. Por isso, o jogo foi amarrado", comemorou o treinador do time africano, Sven-Göran Eriksson.
A tônica têm sido os elogios dos técnicos ao desempenhos defensivos, enquanto atribuem a falta de eficiência ofensiva de seus próprios times à retranca adversária.
"Nós não movemos a bola de forma eficiente, pela forma como o adversário jogou. Mas eles também não tiveram facilidade", analisou o treinador do Paraguai, Gerardo Martino, após empate com a Itália, em 1 a 1.
O técnico da Argentina -uma das poucas equipes que atuaram ofensivamente-, Maradona, reconheceu haver cautela excessiva. Segundo ele, na primeira rodada algumas seleções "se cuidam mais do que deveriam".
Para a Fifa, uma análise técnica do Mundial é precipitada. "Só podemos pensar em média de gols quando tivermos 64 jogos", afirmou o diretor de comunicação da Fifa, Nicolas Maingot, na terça, após 13 partidas. Ontem, a escassez de gols continuou.
(RODRIGO MATTOS)


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