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Técnicos festejam retaguarda, e Fifa evita análise já
DO ENVIADO A JOHANNESBURGO
"O adversário foi sólido,
como vocês verão nos próximos jogos. Nós o impedimos
de construir quase qualquer
movimento. Jogamos bem."
Essa foi a explicação do técnico francês, Raymond Domenech, após o empate sem
gols com o Uruguai, que ele
definiu como "ótimo".
Sua frase é um retrato da
mentalidade de boa parte
dos treinadores nesta Copa. E
explica a baixa média de gols
e os seguidos empates.
Não foi raro ver dois treinadores saindo satisfeitos com
um resultado, como no outro
jogo que terminou em 0 a 0
(Costa do Marfim x Portugal).
"Temos um ponto no jogo
contra um favorito do grupo", festejou o técnico do time europeu, Carlos Queiroz.
"Portugal tem atacantes
rápidos. Não podíamos nos
expor. Por isso, o jogo foi
amarrado", comemorou o
treinador do time africano,
Sven-Göran Eriksson.
A tônica têm sido os elogios dos técnicos ao desempenhos defensivos, enquanto atribuem a falta de eficiência ofensiva de seus próprios
times à retranca adversária.
"Nós não movemos a bola
de forma eficiente, pela forma como o adversário jogou.
Mas eles também não tiveram facilidade", analisou o
treinador do Paraguai, Gerardo Martino, após empate
com a Itália, em 1 a 1.
O técnico da Argentina
-uma das poucas equipes
que atuaram ofensivamente-, Maradona, reconheceu
haver cautela excessiva. Segundo ele, na primeira rodada algumas seleções "se cuidam mais do que deveriam".
Para a Fifa, uma análise
técnica do Mundial é precipitada. "Só podemos pensar
em média de gols quando tivermos 64 jogos", afirmou o
diretor de comunicação da
Fifa, Nicolas Maingot, na terça, após 13 partidas. Ontem,
a escassez de gols continuou.
(RODRIGO MATTOS)
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