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São Paulo, quinta-feira, 17 de julho de 2003

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AÇÃO

Brasileiros nos Mundiais de surfe

CARLOS SARLI
COLUNISTA DA FOLHA

Pela terceira vez consecutiva, um brasileiro vence o tradicional Mr. Price Pro (antes Guston 500), WQS seis estrelas, realizado desde 1969 em Durban, na África do Sul. Desta vez o título ficou com Neco Padaratz, que repetiu o feito de Peterson Rosa, em 2001, e o de Beto Fernandez, no ano passado.
Na final, Neco deixou seus três adversários de bateria precisando de uma combinação -quando o atleta precisa de mais que uma nota para virar- e ainda finalizou a disputa conquistando a maior nota em todos os sete dias de competição, 9,40, realizando um aéreo sem as mãos a mais de um metro acima da onda, que levou o público ao delírio.
O segundo colocado na prova foi o franco-brasileiro Eric Rebiere, seguido pelo novato havaiano Kekoa Bacalso, 17, e o norte-americano C. J. Hobgood, campeão mundial de 2001, ano em que o circuito não acabou.
Para chegar ao título, Neco precisou vencer por duas vezes o então líder da divisão de acesso, Shane Beschen: nas quartas-de-final e na semifinal. O resultado o levou à liderança do ranking, com a vantagem de obter o posto com apenas quatro provas somadas, contra sete de Beschen (segundo) e seis de Paulo Moura (terceiro).
Neco Padaratz segue, portanto, muito bem para recuperar a vantagem brasileira na segunda divisão do surfe mundial. Em 11 disputas, conquistamos cinco títulos do WQS -a Austrália também tem cinco-, sendo dois de seu irmão Teco.
A pergunta que não quer calar: "Por que vamos tão bem no QS e mal no CT?". A resposta: entre várias possíveis, fico com as ondas em que são disputados os circuitos, pequenas e em fundos de areia em um, grandes, consistentes e em point breaks em outro.
 
Uma bateria de demonstração no Mr. Price reuniu alguns veteranos, entre os quais o ídolo local, campeão mundial de 1977 e seis vezes vencedor em Durban, Shaun Tomson, que aos 48 anos mostrou que ainda está em forma. O Tour continua na África do Sul, em Jeffreys Bay, sede da sexta etapa do WCT, iniciada na terça-feira e interrompida ontem para aguardar melhores condições do mar.
 
Depois da gelada notícia do cancelamento da etapa do Mundial programada para o final do mês em Saquarema (RJ), os longboarders brasileiros voltam a ter motivo para comemorar.
Marcelo Freitas, arriscando até aéreo no pranchão, venceu a terceira seletiva do Mundial, disputada na Espanha, e é o vice-líder do ranking.
A conquista de Freitas vem no rastro da primeira vitória de um brasileiro no WLT, com Phil Rajzman, em Maresias (SP), e no do segundo lugar conquistado por Paulo Kid, em Portugal, na semana passada.
A próxima etapa começa amanhã em Biarritz, na França, e define os participantes da final na Nova Zelândia, com boas chances para os brasileiros.

Brasileiro de snowboard
Aberta a todo brasileiro nascido até 96, a nona edição do campeonato terá provas FIS e também para os não classificados pela Federação Internacional, entre os dias 18 e 21 de agosto, em Valle Nevado, Chile.

Esportes no gelo
Mais de 50 atletas se candidataram para a equipe brasileira de bobsled, skeleton e luge que irá aos Jogos de Inverno-2006, em Turim. Os testes físicos serão na Universidade Metodista e o prático, na Áustria.

Corrida de aventura
A primeira etapa da Expedição Chauás começa sábado em Juquiá, SP, com 150 quilômetros e previsão de duração de 24 horas para as melhores equipes. A segunda etapa será em Cananéia em outubro.

E-mail sarli@revistatrip.com.br


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