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AÇÃO
Brasileiros nos Mundiais de surfe
CARLOS SARLI
COLUNISTA DA FOLHA
Pela terceira vez consecutiva, um brasileiro vence o
tradicional Mr. Price Pro (antes
Guston 500), WQS seis estrelas,
realizado desde 1969 em Durban,
na África do Sul. Desta vez o título ficou com Neco Padaratz, que
repetiu o feito de Peterson Rosa,
em 2001, e o de Beto Fernandez,
no ano passado.
Na final, Neco deixou seus três
adversários de bateria precisando
de uma combinação -quando o
atleta precisa de mais que uma
nota para virar- e ainda finalizou a disputa conquistando a
maior nota em todos os sete dias
de competição, 9,40, realizando
um aéreo sem as mãos a mais de
um metro acima da onda, que levou o público ao delírio.
O segundo colocado na prova
foi o franco-brasileiro Eric Rebiere, seguido pelo novato havaiano
Kekoa Bacalso, 17, e o norte-americano C. J. Hobgood, campeão
mundial de 2001, ano em que o
circuito não acabou.
Para chegar ao título, Neco precisou vencer por duas vezes o então líder da divisão de acesso,
Shane Beschen: nas quartas-de-final e na semifinal. O resultado o
levou à liderança do ranking,
com a vantagem de obter o posto
com apenas quatro provas somadas, contra sete de Beschen (segundo) e seis de Paulo Moura
(terceiro).
Neco Padaratz segue, portanto,
muito bem para recuperar a vantagem brasileira na segunda divisão do surfe mundial. Em 11 disputas, conquistamos cinco títulos
do WQS -a Austrália também
tem cinco-, sendo dois de seu irmão Teco.
A pergunta que não quer calar:
"Por que vamos tão bem no QS e
mal no CT?". A resposta: entre várias possíveis, fico com as ondas
em que são disputados os circuitos, pequenas e em fundos de
areia em um, grandes, consistentes e em point breaks em outro.
Uma bateria de demonstração
no Mr. Price reuniu alguns veteranos, entre os quais o ídolo local,
campeão mundial de 1977 e seis
vezes vencedor em Durban,
Shaun Tomson, que aos 48 anos
mostrou que ainda está em forma. O Tour continua na África do
Sul, em Jeffreys Bay, sede da sexta
etapa do WCT, iniciada na terça-feira e interrompida ontem para
aguardar melhores condições do
mar.
Depois da gelada notícia do
cancelamento da etapa do Mundial programada para o final do
mês em Saquarema (RJ), os longboarders brasileiros voltam a ter
motivo para comemorar.
Marcelo Freitas, arriscando até
aéreo no pranchão, venceu a terceira seletiva do Mundial, disputada na Espanha, e é o vice-líder
do ranking.
A conquista de Freitas vem no
rastro da primeira vitória de um
brasileiro no WLT, com Phil
Rajzman, em Maresias (SP), e no
do segundo lugar conquistado
por Paulo Kid, em Portugal, na
semana passada.
A próxima etapa começa amanhã em Biarritz, na França, e define os participantes da final na
Nova Zelândia, com boas chances
para os brasileiros.
Brasileiro de snowboard
Aberta a todo brasileiro nascido até 96, a nona edição do campeonato terá provas FIS e também para os não classificados pela Federação
Internacional, entre os dias 18 e 21 de agosto, em Valle Nevado, Chile.
Esportes no gelo
Mais de 50 atletas se candidataram para a equipe brasileira de bobsled, skeleton e luge que irá aos Jogos de Inverno-2006, em Turim. Os
testes físicos serão na Universidade Metodista e o prático, na Áustria.
Corrida de aventura
A primeira etapa da Expedição Chauás começa sábado em Juquiá,
SP, com 150 quilômetros e previsão de duração de 24 horas para as
melhores equipes. A segunda etapa será em Cananéia em outubro.
E-mail sarli@revistatrip.com.br
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