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CIDA SANTOS
Hora dos ajustes
Brasil festeja recuperação de Mari e vê nova disputa por vagas no Grand Prix, último laboratório antes do Mundial
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O TÉCNICO José Roberto Guimarães não consegue mais
dormir direito. O pensamento já está voltado para o Mundial do
Japão, em novembro. "A gente não
pode cometer erros", diz. Os principais ajustes serão feitos no Grand
Prix, torneio que vai reunir a elite do
vôlei em agosto na Ásia e Europa.
Uma das preocupações é trabalhar o saque e a relação bloqueio/defesa. Na Copa Pan-Americana, dois
fatores animaram a comissão técnica: a confirmação da recuperação de
Mari, que fez uma média de 16 pontos por jogo, e a evolução de Joycinha, uma oposto de 22 anos e 1,90 m.
O bloqueio do Brasil também fica
bem mais forte com Mari, de 1,88 m,
e Joycinha. Um exemplo: na vitória
sobre a seleção completa de Cuba na
final da Copa Pan-Americana, Joycinha, ora com Mari, ora com Fabiana, deu três tocos que desconcertaram a super atacante Yumilka Ruiz.
Cuba passou os últimos anos um
tanto irregular, já que perdeu nomes
importantes como Taismaris Aguero. Neste ano, o time está mais poderoso, principalmente no ataque e no
saque. Das titulares, quatro sacam
"viagem". A força é tanta que algumas têm saque de vôlei masculino.
Não por acaso, a comissão técnica
brasileira montará um esquema diferente de recepção contra Cuba. O
Brasil vai ter quatro jogadoras nessa
função: a líbero, as duas ponteiras e a
oposto. Nos treinos, as opostos, que
normalmente quase nem passam,
estão trabalhando a recepção.
Quem também ganhou pontos na
Copa Pan-Americana foi Valeskinha, que jogou como ponteira titular. Até então, só fazia algumas passagens de rede na posição. É lógico
que ela precisa desenvolver mais o
ataque de ponta, mas agradou como
opção para reforçar o bloqueio.
Sem contar que Valeskinha também dá consistência no passe, defende bem e bate uma bela bola rápida. Se Paula Pequeno, que teve nenê
no mês passado, não estiver bem física e tecnicamente para o Mundial,
as ponteiras já estão definidas: Mari,
Jaqueline, Sassá e Valeskinha.
Caso contrário, Valeskinha não
deve ser a primeira opção de corte. A
idéia é fazer um time poderoso no
bloqueio e ela, como ponteira, se encaixa nesse perfil. A mais ameaçada
é Sassá, a mais frágil no fundamento.
Outra novidade é a disputa entre
as opostos. Sheila e Renatinha agora
ganharam concorrente: Joycinha.
Na final da Copa Pan-Americana, foi
titular e deixou Renatinha no banco.
Na lista das 16 jogadoras que treinarão a partir de hoje para o GP,
Marcelle foi confirmada como terceira levantadora. Dani Lins, antes a
preferida, não foi bem na Copa Pan-Americana e só terá chance em
2007. Também foi chamada outra
ponteira, Natália, 17 anos e 1,83 m.
A idéia da comissão técnica é levar
14 atletas ao GP. Nesse caso, restariam dois cortes até o Mundial, provavelmente de uma líbero (Fabi ou
Arlene) e uma oposto. As levantadoras serão Fofão e Carol. As centrais:
Walewska, Fabiana e Carol Gattaz.
Cabeça feita
A psicóloga Regina Brandão voltará a trabalhar com a seleção. O time treinará no Brasil até 7 de agosto. Depois seguirá para a Holanda,
onde fará dois amistosos, e Ásia, sede da primeira fase do Grand Prix.
Cadê ele?
Na última semana, choveram e-mails com as questões: Cadê o central Gustavo? Por que não está treinando e nem fez parte do grupo
que enfrentou a Argentina pela Liga Mundial? Resposta: ele está com
problemas particulares e dispensado, por enquanto, de treinar.
As derrotas
Chico dos Santos está sem sorte à
frente de Portugal. O levantador titular, Nuno Pinheiro, fraturou a
mão, e o time está com o juvenil,
Pedro Sousa, 18. Portugal perdeu os
dois jogos de estréia na Liga.
cidasan uol.com.br
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