São Paulo, sexta, 17 de julho de 1998

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Saúde de técnico preocupou

do enviado especial a Paris

O estado de saúde do treinador da seleção, Zagallo, foi outro ingrediente que ajudou a tumultuar o ambiente na delegação brasileira depois da final contra a França.
Logo após o jogo, Zagallo estava visivelmente nervoso. Alguns membros da delegação chegaram a temer por sua saúde.
Na partida semifinal contra a Holanda, decidida nos pênaltis, no último dia 7, o treinador, de 66 anos, já havia deixado o campo chorando, amparado por outras pessoas para alcançar o vestiário.
No domingo, no Stade de France, Zagallo se segurou até a entrevista coletiva. Bastou alguns minutos, porém, para começar a bater boca com um jornalista do diário carioca "O Dia".
Com o ambiente carregado, funcionários da Fifa decidiram retirar o microfone de Zagallo. O treinador, então, foi levado ao vestiário.
Para chegar lá, precisou de ajuda. Conforme a descrição de pessoas que estavam no local, Zagallo tinha o rosto vermelho e as veias do pescoço dilatadas. Ele teria tido uma crise de choro, informação não confirmada pela Folha.
De volta ao hotel, onde o informal protocolo de a seleção ser recebida com palmas por todos os funcionários foi cancelado, Zagallo já estava mais calmo, chegando a participar do jantar.
No dia seguinte, quando se recusou a falar com a imprensa, que cercava a entrada do hotel, o treinador não conseguia esconder a apreensão com a repercussão da derrota no Brasil. (JHM)



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