|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Governo do Paraguai ameaça
interferir no futebol do país
do enviado a Assunção
A Copa América gerou conflitos
políticos no Paraguai antes de começar a competição, e eles prometem reaparecer ao fim dela.
Isso porque o governo do país
está ameaçando fiscalizar as contas da APF (Associação Paraguaia
de Futebol) e já acena com uma
intervenção na entidade.
O problema é que uma interferência governamental poderia resultar em uma reação da Fifa, órgão máximo do futebol, que pode
impedir que o Paraguai participe
de competições internacionais.
Em 1998, a Polônia quase foi banida da Fifa porque seu governo
quis investigar o contrato da associação de futebol com a Nike.
No Paraguai, o problema central é a distribuição dos ingressos
para a Copa América.
Os clubes que reformaram seus
estádios ganharam entradas e fizeram parte do mercado paralelo,
agindo como cambistas.
Mas o pano de fundo da crise
entre executivo e entidade esportiva é político. A APF é comandada por dirigentes ligados ao antigo governo de Raúl Cubas Grau,
tirado do poder em março.
Um exemplo dessa aproximação foi o presidente da APF, Oscar
Harrison, ter nomeado o general
Lino Oviedo, eminência parda do
governo de Cubas Grau, para o
cargo de coordenador do comitê
organizador da Copa América.
O governo caiu, Oviedo teve de
se exilar e agora Harrison é o alvo
de quem ascendeu ao poder.
O atual coordenador do comitê
organizador, Jorge Fernández, é
quem mais pede a intervenção.
"Se dermos uma solução em
menos de 60 dias, não acredito
em uma reação da Fifa. Farei um
relatório com tudo o que se passou aqui", disse Fernández, que é
amigo de Luis González Macchi,
atual mandatário paraguaio.
A fiscalização governamental
na APF pode começar já na segunda-feira.
(RB)
Texto Anterior: Passarella elogia desfaçatez uruguaia Próximo Texto: Disputa pelo terceiro lugar marca despedida de Zamorano Índice
|