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Contra rivais,
gremistas até
trocam cores
LÉO GERCHMANN
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE
Devidamente paramentado como tricolor paulista, o
enfermeiro Júlio Mathias
Singarelli, 25, comprou ingresso no Morumbi e viajou
de ônibus para Porto Alegre.
Parecia mais um entre os
3.000 são-paulinos. Só parecia. Gaúcho radicado em Cotia, na Grande São Paulo,
Singarelli voltou à terra natal
com o objetivo de secar o rival do seu clube. Em Porto
Alegre, ficou na casa dos pais.
"Faz três anos que moro
em São Paulo e nunca tive time lá. Sou gremista em qualquer lugar", disse Singarelli.
E ele não estava sozinho.
Pela cidade, ontem, torcedores gremistas manifestaram
apoio total ao clube paulista.
Um Gol branco ostentava
no vidro traseiro um adesivo
com o distintivo do São Paulo em azul, preto e branco
-as cores do tricolor gaúcho.
Às 20h20, quando o ônibus
do São Paulo passava pela
avenida Bento Gonçalves, seguindo em direção ao Beira-Rio, um carro de som, conduzido por gremista, tocava o
hino do adversário do Inter.
Da torcida do São Paulo,
dois comboios compostos de
dez ônibus cada chegaram a
Porto Alegre pela BR-290. O
clima era de otimismo até o
segundo gol do Inter. No intervalo, a esperança era de
que ainda ocorresse a virada.
A torcida do Internacional
começou a festa no estádio e,
ainda durante o segundo
tempo, dirigiu-se em massa
para a avenida Goethe, onde
costumam ocorrer as concentrações de torcedores
gaúchos. Pelo menos 11 bares
prepararam festas na cidade.
A via teve de ser interditada.
A explosão de alegria da
torcida colorada se espalhava pela cidade. O trem metropolitano (Trensurb) funcionaria até as 2h de hoje.
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