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Dica de mestre
Atletas que disputam Jogos da Juventude, em Cingapura, compartilham treinos e contam até com o mesmo treinador de nomes consagrados como Maurren Maggi
MARIANA BASTOS
ENVIADA ESPECIAL A CINGAPURA
Eles ainda são jovens desconhecidos, com uma longa
trajetória pela frente. Mas já
contam com o suporte de
grandes nomes do esporte
brasileiro, como Maurren
Maggi e Fabiana Murer, para
aprender os atalhos dessa caminhada olímpica.
Alguns competidores dos
Jogos da Juventude têm o privilégio de compartilhar treinos, trocar dicas e serem
orientados até pelo mesmo
técnico de seus mentores.
A campeã olímpica Maurren Maggi não se cansa de
bajular seu pupilo Caio Cézar
dos Santos, 17. Ambos treinam juntos sob o comando
do técnico Nélio de Moura.
"Não canso de dizer que
esse menino vai nos trazer
muitas alegrias", disse a medalhista de ouro nos Jogos de
Pequim-2008, em seu blog.
Maurren aponta Caio como a grande promessa do
salto em distância nacional.
O saltador, que estreará
hoje, às 23h10, é a maior esperança de medalha do atletismo brasileiro nos Jogos da
Juventude de Cingapura.
Quando estava no período
de aclimatação, em Dubai,
Caio Cézar recebeu uma ligação do Brasil. "A Maurren
disse que era para eu competir de igual para igual, me
manter focado na prova que
tudo ia dar certo", afirmou o
competidor, que detém a melhor marca (7,73 m) entre todos os classificados.
Thiago Braz, 16, também
recebeu conselhos por telefone de sua "tutora" Fabiana
Murer, campeã mundial indoor do salto com vara.
A atleta, que viveu um
trauma ao ficar sem suas varas em Pequim-08, deu dicas
a Thiago sobre como lidar
com a competição olímpica.
"Ela falou para eu manter
a tranquilidade, que uma
Olimpíada é importante,
mas, no fundo, é só mais
uma competição", disse o jovem, que estreia amanhã.
Fabiana tenta facilitar o
caminho para Thiago. "Para
mim, foi difícil desenvolver a
técnica sem ter uma visualização", conta a saltadora.
Assef, 18, goleiro do time
brasileiro de handebol nos
Jogos, segue os passos de
Maik, que atuou em Pequim-
-08 pela seleção principal.
Eles treinam no mesmo clube, o paulistano Pinheiros.
"Faz muita diferença, para
quem está começando,
acompanhar de perto o trabalho de um ídolo. É bom para se estimular pois você vê o
exemplo concreto de que o
esporte deu certo para aquela pessoa", comenta Assef.
O brasiliense Pedro Henrique de Souza, 17, compartilha a mesma opinião. O nadador prefere os ídolos que
conhece de perto àqueles
que só acompanha de longe.
"Gosto do [Cesar] Cielo,
mas é da Fabíola Molina é
que eu sou fã mesmo. Eu a
conheci e a acho muito bacana, tranquila. É o tipo de atleta no qual você quer se espelhar", diz Pedro Henrique.
Fabíola Molina disputou
as Olimpíadas de Sydney-
-2000 e Pequim-2008.
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