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BASQUETE NO MUNDO
Raíces
MELCHIADES FILHO
Mesmo com toda a exposição
que os torneios pré-olímpico e
pan-americano proporcionaram, somente dois jogadores latino-americanos aparecem hoje
com chances de emplacar na
temporada 1999-2000 da NBA.
O armador dominicano Felipe
López perdeu a posição de titular, mas não será descartado pelo Vancouver Grizzlies.
A novidade na liga norte-americana pode ser o cubano Lazaro
Borrell, que escandalizou sua seleção ao fugir da concentração e
pedir asilo político a Porto Rico
em pleno Pré-Olímpico.
Convidado pelo movimento
anticastrista de Miami, o ala
viajou aos EUA na semana passada para um teste sem compromisso no New Jersey Nets. Deixou boquiabertos os treinadores
do time, brilhando durante uma
hora com o repertório ofensivo
que lhe valeu a artilharia do
Campeonato Argentino nos últimos dois anos, e garantiu um
convite para a pré-temporada.
Já o pivô Fabricio Oberto acabou quebrando a cara. Talvez o
melhor jogador sul-americano
em atividade, o veterano argentino preteriu o Pré-Olímpico e o
Pan para atuar em amistosos
"caça-talentos" da NBA. Mas foi
tachado de "fominha e pouco
inteligente" pela comissão técnica do New York Knicks e não
tem mais chances.
Outro argentino, Emanuel Ginóbili, também se deu mal. Não
conseguiu se firmar entre os titulares da seleção e frustrou os
olheiros do San Antonio Spurs.
Atual campeã da NBA, a equipe
havia "draftado" o armador de
"orelhada" (seus dirigentes
achavam que ele era italiano...)
e queria aproveitar o Pré-Olímpico e o Pan para observá-lo.
O ala-pivô venezuelano Carl
Herrera, por sua vez, anda espalhando que voltará ao Houston
Rockets. Por enquanto, cascata.
Quanto aos jogadores brasileiros, nada de novo. Os nomes de
Josuel e Rogério chegaram a ser
comentados nas rodinhas de jornalistas e técnicos norte-americanos, mas não embarcaram
para os EUA.
NOTAS
Américas 1
De concreto, o Pan e o Pré-Olímpico arranjaram só um
emprego na NBA. Mo McHone, técnico da seleção norte-americana que levou prata em
Winnipeg, virou assistente do
Detroit Pistons.
Américas 2
Hélio Rubens errou ao ousar
na escalação da seleção no Pré-Olímpico. O uso simultâneo de
dois pivôs e dois alas altos sobrecarregou o armador Demétrius e deixou o time previsível
no ataque e sem mobilidade na
defesa. A equipe só engrenou,
já no Pan, quando o técnico a
"diminuiu", colocando dois
(ou três) condutores de bola.
Américas 3
Marcelinho, do Rio, mostrou
tutano e bossa. Olho nele.
Américas 4
O Pré e o Pan provaram que a
Argentina está adiante do Brasil no processo de renovação.
E-mail melk@uol.com.br
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