São Paulo, domingo, 17 de setembro de 2000

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VIDA NA VILA
Em medalhas, a ginástica é esporte rentável

ROBERTO DIAS
ENVIADO ESPECIAL A SYDNEY

A ginástica distribui 63 medalhas: oito de ouro na ginástica artística masculina, seis na feminina, cinco na rítmica e duas no trampolim.
É mais medalha que basquete, beisebol, futebol, handebol, hóquei, vôlei e vôlei de praia, somados, entre homens e mulheres.
No ano passado, no Pan-Americano de Winnipeg, o Comitê Olímpico Brasileiro até chegou a pedir uma mudança nos critérios (extra-oficiais) que norteiam o ranking de países na Olimpíada.
Segundo o COB, colocar na frente quem ganhou mais ouros ignoraria a força em diferentes modalidades e o desempenho em esportes coletivos, que, geralmente, têm maior apelo popular.
Agora, seja pela pressão da mídia e dos patrocinadores por resultados, seja por outros motivos, o comitê brasileiro parece ter entrado no jogo.
E o tratamento dado à ainda "inofensiva" equipe de ginástica é um exemplo disso.
A modalidade foi uma das três escolhidas para receber bolsas do Solidariedade Olímpica no ano passado. Na preparação para os Jogos, de novo, o cuidado especial. "Pela primeira vez, o COB pagou absolutamente tudo", diz a chefe da equipe, Eliane Martins.
Em Sydney, a ginástica artística apresenta um avanço: o país classificou duas atletas -antes, conseguira no máximo uma.
Após a Austrália, a confederação da modalidade ganha um reforço: o técnico Oleg Ostapenko, do time ucraniano. Ele foi contratado para fazer com que o Brasil consiga enfim classificar uma equipe inteira para a Olimpíada. Ginástica dá medalha -e muita.


EM FOCO
Michael Lohberg, técnico de Scherer, apareceu. Sobre o "sem doping não há medalha" que teria pregado, falou: "Não disse aquilo de maneira nenhuma".




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