São Paulo, domingo, 17 de setembro de 2000

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VÍDEO GAMES
Rede larga mal em corrida multimeios

JOSÉ ALBERTO BOMBIG
DO PAINEL FC

A Internet largou mal, pelo menos no Brasil, na corrida multimidiática da Olimpíada-2000. No geral, as agências de notícias estão mais rápidas do que os sites da rede de computadores.
A primeira medalha dos Jogos, no triatlo feminino, foi anunciada antes -com alguma folga- pelas agências.
Em canais de TV que não transmitiam ao vivo a prova do triatlo, os flashes e boletins informativos também batiam em velocidade a Internet.
Com brasileiros na área (na água), a coisa muda. Os principais sites deram o primeiro bronze do Brasil na natação quase no mesmo momento em que Edvaldo Valério batia a mão na placa de chegada.
Mas o principal problema está no quesito conteúdo. A Internet padece da ausência de uma linguagem jornalística que se adapte ao meio.
Com isso, sofre do mal de recortar e colar textos escritos para a mídia impressa.
A exceção fica por conta do site oficial dos Jogos (www. olympics.com), produzido pela IBM. A evolução do site oficial em relação a Atlanta-1996, que inaugurou as Olimpíadas da era da Internet, ainda que de maneira incipiente, é brutal e messiânica, pois comprova o enorme potencial do meio.
No site dos Jogos é possível acompanhar informações em tempo quase real. Dois problemas, no entanto: quedas abruptas de conexão e sistema de busca confuso, que, na maior parte dos casos, só encontra atletas pelo sobrenome.
Alguém sabe o da Shelda, do vôlei de praia?.
Para os próximos Jogos, o COI perde a IBM. Justamente agora, quando o fracasso de Atlanta deixa de ser trauma e se transforma em história.


EM FOCO
Galvão Bueno só narra quando tem Borges, Shelda, Guga, Ronaldinho, Pessoa e outras medalhas virtuais na área. Vai que é sua!!!




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