São Paulo, domingo, 17 de setembro de 2000

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice VÔLEI Tornozelo de Fofão põe em alerta time brasileiro Contusão da jogadora obrigou Bernardinho a deixá-la no banco na estréia JOSÉ ALAN DIAS ENVIADO ESPECIAL A SYDNEY O que não passava de uma pequena dor sentida pela levantadora Fofão no primeiro treino em Sydney está deixando apreensiva a seleção brasileira de vôlei. Uma inflamação no tendão do tornozelo esquerdo levou o técnico Bernardo Rezende, a contragosto, a mantê-la na reserva na partida de estréia, anteontem. Era o que Bernardinho não queria. As brasileiras enfrentavam o modestíssimo Quênia, a quem derrotaram em 55 minutos (3 sets a 0). Mas o problema da titular desfez em parte seu plano de aproveitar os primeiros jogos para ""encorpar" a seleção antes dos rivais mais temíveis, como a China, no terceiro duelo. Na madrugada de amanhã, às 4h30 (de Brasília), a equipe jogará com a seleção da Austrália, pela segunda rodada do Grupo A. ""Essa inflamação imprevista deixou tudo complicado. Nós vamos fazer todo o possível para recuperá-la para que ela já esteja no mesmo ritmo das demais quando formos enfrentar as chinesas (na quarta-feira)", diz ele. Não há segredos no tratamento: sessões de ultra-som e descanso. Mas também os médicos não conseguem precisar em quanto tempo ele dará resultado. O que angustia Bernardinho são duas coisas. Não é a primeira vez que a levantadora, debutante como titular, apesar de ter disputado duas Olimpíadas, sente o problema. ""É uma daquelas contusões que acabam se tornando crônicas. Não queremos comprometer todo o trabalho", diz o assistente José Inácio Salles. O segundo motivo é que Fofão atua na posição que mais sofre com escassez de talentos. Tanto que, às vésperas da partida contra o Quênia, Bernardinho brincava que, se Fofão não pudesse atuar, recorreria a Fernanda Venturini. A jogadora se retirou da seleção após o Mundial de 98 e está em Sydney acompanhando os Jogos como turista. Contra as quenianas -e possivelmente contra a Austrália- a substituta foi Kátia, 26. Estreante em Olimpíada, como outras oito atletas, ela chegou a Sydney depois de vencer a disputa contra outras duas levantadoras (Carol e Gisele Fiorentino). Texto Anterior: Down Under: Bill Gates usa Olimpíada para fazer negócios Próximo Texto: Próximo rival foi fabricado para os Jogos Índice

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