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FUTURAMA
50% de "sorte" fez a pira olímpica subir
MARCELO DIEGO
ENVIADO ESPECIAL A SYDNEY
Pelo menos uma pessoa
viveu momentos de terror
durante a cerimônia de abertura dos Jogos.
Michael-Scott Mitchell foi o
designer do projeto da pira de
Sydney, que saiu de uma plataforma de água para ficar no
topo do estádio Olímpico.
"Havia 50% de chances de (o
sistema) dar errado", admitiu.
A idéia surgiu em 1993, pelo
diretor de cerimônias Ric
Birch. Mitchell foi contratado
para transformar o abstrato
em concreto. Até quinta, não
tinha certeza se funcionaria.
Ele concorda: os segundos de
demora para que a plataforma da pira se deslocasse por 13
metros para o alto foram "angustiantes" e "anormais".
O problema foi no sistema de
propulsão da pira, que precisou de uma força extra de
energia para erguer a estrutura de oito toneladas e diâmetro de dez metros.
Passado o terror da estréia,
Sydney ainda tem um grave
problema de engenharia para
resolver. As malas de atletas,
turistas, cartolas e jornalistas
podem ficar presas no aeroporto internacional da cidade.
Para chegar ou sair da Austrália, há duas companhias
aéreas: Qantas e Ansett. Elas
resolveram construir um novo
terminal para recepção de bagagens para absorver o fluxo
olímpico. O custo da brincadeira foi de R$ 2 milhões.
Para chegar aos aviões, os
150 caminhões transportadores de bagagem precisam passar por baixo de uma estrutura de concreto que mede 3 metros. Mas os caminhões, por
padrões oficiais, medem 4,5
metros de altura.
O problema é sabido há 18
meses, mas solução ainda não
existe. Na Olimpíada dos computadores, a calculadora fez
falta.
EM FOCO
Na base da pira havia uma cápsula com um sistema de hidrogênio protegido, que permitiu que o
fogo acendesse sobre a água.
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