São Paulo, domingo, 17 de setembro de 2000

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FUTEBOL
Treinadores confiam no desempenho de jogadores que entram durante as partidas para decidir o clássico de hoje
São Paulo e Lusa fazem jogo dos reservas

DA REPORTAGEM LOCAL

Mais do que em seus titulares, os técnicos Levir Culpi, do São Paulo, e Lula Pereira, da Lusa, confiam na eficiência dos reservas para obter uma vitória no clássico de hoje, às 16h, no Morumbi, pela Copa João Havelange.
Em seus últimos jogos, os dois treinadores contaram com a ajuda de atletas que estavam no banco para conseguir reverter resultados negativos.
Entre os são-paulinos, Sandro Hiroshi, Beto, Júlio Batista e Alemão são os reservas que mais têm a confiança do treinador.
Hiroshi, que sempre tem a sua entrada pedida pela torcida, foi o principal responsável pela melhora de rendimento da equipe na última quarta-feira, contra a Ponte Preta, pela Copa JH.
Jogando em casa, o time de Campinas chegou a estar vencendo por 3 a 1, mas, após as mudanças feitas por Culpi, a equipe reagiu e empatou a partida.
Os reservas são-paulinos também se destacaram na vitória sobre o Colo Colo, por 4 a 0 pela Copa Mercosul, no Morumbi. Naquele jogo, Júlio Batista e Alemão marcaram dois gols.
Em sua última partida pela Copa João Havelange, a Lusa derrotou o Bahia por 3 a 1, de virada, graças à entrada de Édson no lugar de Jean. Ele marcou um gol e sofreu um pênalti.
O sucesso dos reservas ainda não foi suficiente para convencer os seus treinadores de que merecem começar as partidas.
"É importante saber usar o banco como arma. Quando um jogador entra faltando 15 ou 20 minutos, ele consegue correr o tempo inteiro em que está em campo, então aparece mais. Isso não dá para fazer se ele começar jogando", disse o técnico são-paulino.
O fato de entrarem em quase todas as partidas mudou o comportamento de alguns jogadores do São Paulo enquanto estão na reserva. "Agora fico prestando mais atenção no jogo para saber como está atuando a defesa adversária", afirmou Hiroshi.
O volante Júlio Batista disse que se acostumou a ficar ao lado do treinador no banco. "Ele fica me orientando, mostrando como o outro time está jogando", revelou.
Os titulares que não vem sendo substituídos também se acostumaram com as mudanças feitas pelo treinador.
"O nosso banco de reservas tem feito a diferença, mas é muito difícil para os jogadores que são substituídos sempre, como o Souza", avaliou o atacante França.
Souza já foi criticado por Culpi por reivindicar uma vaga. Mas o treinador também reclamou de Hiroshi pelo mesmo motivo.
Apesar dos resultados positivos, as substituições têm trazido problemas para Culpi. Ele já recebeu críticas de dirigentes e conselheiros, além de vaias dos torcedores.
A principal reclamação é a saída de Souza. Culpi chegou a entrar em atrito com o ex-presidente do clube José Augusto Bastos Neto, que criticou as substituições envolvendo Souza.
O treinador acabou recebendo uma carta do Conselho Deliberativo, que o advertiu.
Na partida de hoje, Culpi não deve fazer alterações em relação à equipe que começou o jogo contra a Ponte Preta.
O técnico ainda não sabe quando poderá contar com o zagueiro paraguaio Ayala, emprestado pelo Atlético de Madrid (Espanha).
Apesar de já ter sido apresentado, ele ainda não fez nenhum treino, pois voltou para Espanha para cuidar da sua documentação, que ainda não ficou pronta.


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