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FUTEBOL
Treinadores confiam no desempenho de jogadores que entram durante as partidas para decidir o clássico de hoje
São Paulo e Lusa fazem jogo dos reservas
DA REPORTAGEM LOCAL
Mais do que em seus titulares,
os técnicos Levir Culpi, do São
Paulo, e Lula Pereira, da Lusa,
confiam na eficiência dos reservas
para obter uma vitória no clássico
de hoje, às 16h, no Morumbi, pela
Copa João Havelange.
Em seus últimos jogos, os dois
treinadores contaram com a ajuda de atletas que estavam no banco para conseguir reverter resultados negativos.
Entre os são-paulinos, Sandro
Hiroshi, Beto, Júlio Batista e Alemão são os reservas que mais têm
a confiança do treinador.
Hiroshi, que sempre tem a sua
entrada pedida pela torcida, foi o
principal responsável pela melhora de rendimento da equipe na última quarta-feira, contra a Ponte
Preta, pela Copa JH.
Jogando em casa, o time de
Campinas chegou a estar vencendo por 3 a 1, mas, após as mudanças feitas por Culpi, a equipe reagiu e empatou a partida.
Os reservas são-paulinos também se destacaram na vitória sobre o Colo Colo, por 4 a 0 pela Copa Mercosul, no Morumbi. Naquele jogo, Júlio Batista e Alemão
marcaram dois gols.
Em sua última partida pela Copa João Havelange, a Lusa derrotou o Bahia por 3 a 1, de virada,
graças à entrada de Édson no lugar de Jean. Ele marcou um gol e
sofreu um pênalti.
O sucesso dos reservas ainda
não foi suficiente para convencer
os seus treinadores de que merecem começar as partidas.
"É importante saber usar o banco como arma. Quando um jogador entra faltando 15 ou 20 minutos, ele consegue correr o tempo
inteiro em que está em campo,
então aparece mais. Isso não dá
para fazer se ele começar jogando", disse o técnico são-paulino.
O fato de entrarem em quase todas as partidas mudou o comportamento de alguns jogadores do
São Paulo enquanto estão na reserva. "Agora fico prestando mais
atenção no jogo para saber como
está atuando a defesa adversária",
afirmou Hiroshi.
O volante Júlio Batista disse que
se acostumou a ficar ao lado do
treinador no banco. "Ele fica me
orientando, mostrando como o
outro time está jogando", revelou.
Os titulares que não vem sendo
substituídos também se acostumaram com as mudanças feitas
pelo treinador.
"O nosso banco de reservas tem
feito a diferença, mas é muito difícil para os jogadores que são substituídos sempre, como o Souza",
avaliou o atacante França.
Souza já foi criticado por Culpi
por reivindicar uma vaga. Mas o
treinador também reclamou de
Hiroshi pelo mesmo motivo.
Apesar dos resultados positivos,
as substituições têm trazido problemas para Culpi. Ele já recebeu
críticas de dirigentes e conselheiros, além de vaias dos torcedores.
A principal reclamação é a saída
de Souza. Culpi chegou a entrar
em atrito com o ex-presidente do
clube José Augusto Bastos Neto,
que criticou as substituições envolvendo Souza.
O treinador acabou recebendo
uma carta do Conselho Deliberativo, que o advertiu.
Na partida de hoje, Culpi não
deve fazer alterações em relação à
equipe que começou o jogo contra a Ponte Preta.
O técnico ainda não sabe quando poderá contar com o zagueiro
paraguaio Ayala, emprestado pelo Atlético de Madrid (Espanha).
Apesar de já ter sido apresentado, ele ainda não fez nenhum treino, pois voltou para Espanha para
cuidar da sua documentação, que
ainda não ficou pronta.
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