|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Agressiva, Alemanha usa vermelho
RODRIGO BUENO
DA REPORTAGEM LOCAL
A mais vitoriosa seleção de futebol depois do Brasil não virou casaca, mas a pintou de vermelho.
A tradicional camisa branca da
Alemanha dará vez, pelo menos
hoje, a um uniforme vermelho. O
motivo disso? Agressividade.
O técnico Jürgen Klinsmann,
que assumiu a equipe de seu país
há cerca de três meses, quer modificar o estilo do time, torná-lo
mais ofensivo. E acha que o vermelho combina mais com uma
postura ousada em campo.
""Estamos colocando o futebol
ofensivo como nosso estilo. Isso
pode ser simbolizado pelas novas
camisas vermelhas, pois a cor remete a uma certa agressividade",
afirmou Oliver Bierhoff, que compõe a comissão técnica dos tricampeões mundiais e europeus.
O novo colorido alemão poderá
ser visto hoje no amistoso em
Leipzig com Camarões. Curiosamente, a seleção africana tentou
revoluções recentes em seu uniforme (camisa sem manga e macacão), sendo brecada pela Fifa.
Os alemães usavam tradicionalmente em seu segundo uniforme
o verde, cor da federação do país.
No jogo de hoje, além das camisas vermelhas, a Alemanha deve
vestir calções brancos -normalmente utiliza calções negros.
A Alemanha será sede da próxima Copa, em 2006, e o time nacional sente pressão por ótimos resultados. Em 2002, sem grandes
ambições, os alemães foram à final -perderam do Brasil. Agora,
esperam pelo tetra em Berlim.
Na Eurocopa deste ano, em Portugal, a equipe alemã, dirigida então pelo técnico Rudi Völler, fracassou e caiu na primeira fase.
Tanto Völler como Klinsmann
são ex-atacantes, o que aponta para um desejo de maior ofensividade no estilo da equipe, conhecida
ao longo dos tempos mais pela
força física e pela aplicação tática.
Após o triunfo da Grécia, que
venceu a Eurocopa com um futebol calcado na defesa, algumas seleções européias apostaram ainda
mais na vocação ofensiva. A Holanda, por exemplo, contratou
Van Basten, e no contrato entre o
ex-atacante e a federação holandesa consta como exigência levar
uma equipe ofensiva a campo.
Klinsmann conseguiu até agora
duas vitórias e um empate à frente
da Alemanha. Bateu a Áustria por
3 a 1 e o Irã por 2 a 0. Diante do
Brasil, ficou no 1 a 1 em casa.
O treinador levou para a seleção
antigos companheiros, como
Bierhoff, outro ex-atacante. Suas
inovações não foram reprovadas
até agora pela federação alemã.
Ele dispensou o lendário Sepp
Maier (goleiro campeão mundial
em 1974) da comissão técnica por
esse ter sido solidário com Kahn,
arqueiro que tem perdido espaço
no time titular alemão. Koepke,
outro amigo de Klinsmann, prepara hoje os goleiros da seleção.
Kahn não é mais capitão do time -foi eleito pela Fifa o melhor
jogador da Copa passada- e
concorre com Lehmann, do Arsenal, e Hildebrand, do Stuttgart. O
titular hoje será Lehmann.
Na gestão de Klinsmann, um
dos atletas que mais ascenderam
foi o brasileiro Kuranyi, atacante
que tem nacionalidades panamenha e alemã -ele foi o autor do
gol contra o Brasil. O técnico tem
apostado em novos nomes, como
Huth (Chelsea), Hitzlsperger (Aston Villa) e Volz (Fulham).
Com agências internacionais
Texto Anterior: Futebol - Tostão: Boa e má desculpa Próximo Texto: Memória: Após derrota em 1950, Brasil deu sua "amarelada" Índice
|