DA REPORTAGEM LOCAL

Fofão perdeu ontem sua primeira chance de obter, como titular, os feitos que não conseguiu quando era reserva. O Mundial do Japão foi o último da levantadora de 36 anos, a mais velha e mais importante jogadora da seleção brasileira.
Apesar da idade, avançada para sua profissão, Fofão afirmou que continuará na equipe até os Jogos de Pequim-2008. "Se eu puder ajudar esse grupo e estiver bem fisicamente, continuo. Quero jogar o Pan-Americano [no Rio, em 2007] e a Olimpíada. Vou fazer tudo para continuar com esse grupo." O carinho de Fofão pelo time, que a surpreendeu por ainda tão jovem ter alcançado tantos feitos, é retribuído pelas jogadoras e pela comissão técnica.
Ontem, em meio à comoção pela derrota, Zé Roberto parou para prestar uma homenagem à pupila. "Agradeço muito à Fofão, que durante esse tempo todo nos ensinou tanta coisa." A levantadora foi peça fundamental na campanha no Mundial, apesar de ter ficado fora de boa parte dos jogos por causa de lesão na coxa. Nos momentos decisivos, porém, ela não negou fogo, mesmo com dores.
Ontem, Fofão não teve atuação tão destacada e sofreu para imprimir velocidade e variedade às jogadas do Brasil. No quarto set, levou um susto. Ao tentar recuperar uma bola espirrada no fundo da quadra, caiu e bateu a cabeça em uma das placas de publicidade.
Fofão ficou um pouco zonza, mas prosseguiu na partida. "Foi uma pena essa derrota. Nosso grupo muito forte, com muita raça e muita vontade. Isso me dá muita motivação. A cada dia eu aprendo coisas novas com elas e tento passar a minha experiência quando é necessário. Isso é muito gratificante", afirmou a levantadora.