São Paulo, quarta-feira, 17 de novembro de 2010

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Vale o dobro

Diante da Argentina, no primeiro jogo contra rival de peso sob o comando de Mano Menezes, seleção faz teste real para novatos introduzidos pelo técnico

MARTÍN FERNANDEZ
ENVIADO ESPECIAL A DOHA

Há motivos para que o jogo entre Brasil e Argentina hoje, às 15h, no Qatar, não seja encarado como um amistoso.
O duelo é o primeiro do técnico Mano Menezes contra um rival forte. É também a última apresentação da seleção brasileira no ano em que foi eliminada, pela Holanda, da Copa do Mundo.
E serve para Mano observar como seus jogadores, na maioria jovens, comportam-se contra um adversário que não vai se deslumbrar ao enfrentar o Brasil.
O treinador afirmou ontem que voltará a convocar jogadores veteranos, algo raro em sua gestão até aqui.
O que acontecer hoje na partida contra a Argentina, portanto, terá mais peso nas próximas convocações.
"Eles podem voltar. Não excluí ninguém", afirmou Mano, em referência aos atletas que disputaram o Mundial da África do Sul.
O técnico citou as conversas recentes com Maicon, Lúcio e Júlio César, em Milão, onde também se encontrou com Ronaldinho, que está de volta à seleção e será titular na partida de hoje.
"A opção foi por um início de trabalho com novos jogadores, que, aos poucos, vão se juntar aos mais experientes para produzir um equilíbrio maior, sobretudo em competições oficiais."
A próxima competição oficial da seleção brasileira será a Copa América, em meados de 2011, justamente na Argentina, que trata o torneio como prioridade máxima.
Do time que está no Qatar, apenas Robinho foi titular na última Copa do Mundo. Daniel Alves, Thiago Silva e Ramires, que iniciam jogando hoje contra a Argentina, foram reservas na África.
Os atletas entenderam o recado. "Não existe amistoso contra a Argentina", disse o volante Lucas. "É um jogo de muito mais repercussão, nós temos consciência disso", comentou o goleiro Victor.

TESTE PARA A DEFESA
Até aqui, Mano não teve grandes obstáculos como técnico da seleção. Foram três vitórias tranquilas, sobre rivais sem condições de oferecer resistência à equipe -2 a 0 nos Estados Unidos, 3 a 0 no Irã, 2 a 0 na Ucrânia.
Para o treinador, a partida contra a Argentina "traz uma dificuldade maior", mas também serve para "compartilhar responsabilidades".
"Nós atacamos, eles atacam. É diferente de jogar contra o Irã, em que a responsabilidade é muito maior para o Brasil", declarou Mano.
Depois do amistoso de hoje, haverá mais cinco datas Fifa disponíveis para amistosos antes da Copa América -uma em fevereiro (contra a França), duas em março e outras duas em junho.


NA TV
Brasil x Argentina
15h Globo e Sportv




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