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Vale o dobro
Diante da Argentina, no primeiro jogo contra rival de peso sob o comando de Mano Menezes, seleção faz teste real para novatos introduzidos pelo técnico
MARTÍN FERNANDEZ
ENVIADO ESPECIAL A DOHA
Há motivos para que o jogo
entre Brasil e Argentina hoje,
às 15h, no Qatar, não seja encarado como um amistoso.
O duelo é o primeiro do
técnico Mano Menezes contra um rival forte. É também a
última apresentação da seleção brasileira no ano em que
foi eliminada, pela Holanda, da Copa do Mundo.
E serve para Mano observar como seus jogadores, na
maioria jovens, comportam-se contra um adversário que
não vai se deslumbrar ao enfrentar o Brasil.
O treinador afirmou ontem
que voltará a convocar jogadores veteranos, algo raro
em sua gestão até aqui.
O que acontecer hoje na partida contra a Argentina,
portanto, terá mais peso nas próximas convocações.
"Eles podem voltar. Não
excluí ninguém", afirmou
Mano, em referência aos atletas que disputaram o Mundial da África do Sul.
O técnico citou as conversas recentes com Maicon, Lúcio e Júlio César, em Milão,
onde também se encontrou
com Ronaldinho, que está de
volta à seleção e será titular na partida de hoje.
"A opção foi por um início
de trabalho com novos jogadores, que, aos poucos, vão
se juntar aos mais experientes para produzir um equilíbrio maior, sobretudo em
competições oficiais."
A próxima competição oficial da seleção brasileira será a Copa América, em meados
de 2011, justamente na Argentina, que trata o torneio como prioridade máxima.
Do time que está no Qatar,
apenas Robinho foi titular na
última Copa do Mundo. Daniel Alves, Thiago Silva e Ramires, que iniciam jogando
hoje contra a Argentina, foram reservas na África.
Os atletas entenderam o
recado. "Não existe amistoso
contra a Argentina", disse o
volante Lucas. "É um jogo de
muito mais repercussão, nós
temos consciência disso",
comentou o goleiro Victor.
TESTE PARA A DEFESA
Até aqui, Mano não teve
grandes obstáculos como
técnico da seleção. Foram
três vitórias tranquilas, sobre
rivais sem condições de oferecer resistência à equipe -2
a 0 nos Estados Unidos, 3 a 0 no Irã, 2 a 0 na Ucrânia.
Para o treinador, a partida
contra a Argentina "traz uma
dificuldade maior", mas também serve para "compartilhar responsabilidades".
"Nós atacamos, eles atacam. É diferente de jogar contra o Irã, em que a responsabilidade é muito maior para o Brasil", declarou Mano.
Depois do amistoso de hoje, haverá mais cinco datas
Fifa disponíveis para amistosos antes da Copa América
-uma em fevereiro (contra a França), duas em março e outras duas em junho.
NA TV
Brasil x Argentina
15h Globo e Sportv
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