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Técnico pede chip para evitar erros
VÔLEI
Zé Roberto quer tecnologia na bola após falha contra a seleção
MARIANA BASTOS
DE SÃO PAULO
A busca pelo uso de novas
tecnologias para evitar erros
de arbitragem não é apenas
uma reivindicação do futebol. Ontem, o técnico José
Roberto Guimarães também
propôs a introdução de um
chip na bola de vôlei.
A sugestão do treinador da
seleção feminina foi dada
dois dias após sua equipe ter
sido vítima de falha do árbitro na derrota para a Rússia
na final do Mundial do Japão.
O sul-coreano Kim Kun-tae
inverteu marcação, afirmando que ataque de Sheilla havia ido para fora, enquanto
os juízes de linha apontavam
que bola havia caído dentro.
"Como o vôlei é um esporte que está evoluindo, acho
que eles [dirigentes] precisam pensar em uma bola
com chip ou em algo como
no tênis", disse o treinador,
referindo-se à tecnologia
Hawk-Eye, usada no tênis
para assinalar bolas dentro.
"Com o tênis, você não fica
na mão do árbitro para saber
se a bola foi dentro ou fora.
Deveria ser o mesmo no vôlei
e no futebol", afirmou ele.
"Dizem que futebol é legal
por causa de polêmica. Eu
acho que futebol é horrível
por causa de polemica. É desastroso quando o cara faz
um gol de mão e passa o gol
de mão. Isso é terrível para o
esporte", completou.
A empresa fornecedora de
bolas da Superliga lançou no
ano passado a bola com chip.
O sistema passou por testes no Paulista, mas ainda
não tem condições de ser
aplicado na Superliga.
A Folha apurou que os altos custos do sistema -cerca
de R$ 2 milhões- e problemas de logística impedem a
aplicação da bola "inteligente" em todas as quadras usadas na competição nacional.
"Estamos estudando a melhor forma para poder aplicar
essa tecnologia no maior número de ginásios possíveis",
disse Renato D'Ávila, superintendente técnico da CBV.
Segundo ele, ainda é necessário validar o sistema no
Brasil para que a confederação brasileira sugira a introdução da nova tecnologia à
federação internacional.
Além de ter sugerido chip
na bola, Zé Roberto ainda espera que o árbitro sul-coreano não seja mais escalado
para apitar jogos do Brasil.
O técnico levanta suspeitas de favorecimento a Kun-
-tae, que sempre ganha o direito de trabalhar em decisões. O sul-coreano apitou
também a final do Mundial
de 2006 e a semifinal da
Olimpíada de 2004. Nas duas
ocasiões, o Brasil perdeu
também para a Rússia.
"Ele deve ter alguma coisa
com o [chefe de arbitragem,
Gavriel] Kraus. O cara deve
gostar dele e o escala para
apitar", afirmou Zé Roberto.
O treinador ainda afirmou
que dirigentes da federação
internacional haviam lhe indicado durante o jogo que a
bola do Brasil caíra dentro.
"Eu devia ter feito um barraco, ter pedido à mesa uma
reconsulta, mas meu ângulo
de visão era ruim."
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