da Reportagem Local

O promotor norte-americano de lutas Bob Arum tenta fazer com que os diversos empresários ligados à carreira de Acelino Freitas, o Popó, 24, cheguem a um consenso.
""Não posso fazer negócio só com Pontes e Maldonado, porque Pelullo é, legalmente, o promotor de Freitas. Também não é possível negociar apenas com Pelullo, pois ele não tem como forçar (fisicamente) o lutador a subir em um ringue nos EUA", explica Arum.
O desentendimento entre os empresários teve início após a disputa do torneio internacional Boxcino (reuniu pugilistas de oito países), organizado por Pelullo, em 1997.
Popó ganhou notoriedade internacional ao nocautear todos seus adversários. Os vencedores da competição assinaram contrato de exclusividade com o norte-americano.
Os brasileiros, justificando que Pelullo nunca enviara propostas de lutas para Popó nos meses subsequentes ao Boxcino, adotaram, informalmente, o mexicano Ricardo Maldonado como seu promotor.
O norte-americano Pelullo alega que enviou dezenas de propostas e que nunca recebeu retorno algum dos brasileiros. Ele abriu um processo contra Popó por quebra de contrato.
O caso foi julgado pela Justiça dos EUA, que deu ganho de causa a Pelullo.
A equipe de Popó recorreu da decisão, e, segundo Pontes, após alguns adiamentos, o resultado deve ser conhecido na primeira semana de janeiro.
""Sugeriram fazer acordo, mas queremos nos livrar definitivamente de Pelullo", disse o empresário brasileiro.
Segundo documentação da Corte de Las Vegas a que a Folha teve acesso, Pelullo é reconhecido como o único promotor de lutas do brasileiro.
A equipe de Popó poderia organizar combates do boxeador sem a participação de Pelullo, cedendo 20% dos lucros ao norte-americano.
Essa possibilidade, porém, só seria válida mediante o prévio consentimento de Pelullo.
No caso de Popó participar de apresentações sem o consentimento do norte-americano, o contrato pode sofrer prorrogações, como já ocorreu neste ano. (EO)

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