São Paulo, Sexta-feira, 17 de Dezembro de 1999


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BOXE
Maior empresário do pugilismo mundial na atualidade afirma que disputa judicial impede unificações
Impasse emperra a carreira de Popó

EDUARDO OHATA
da Reportagem Local

O impasse entre os empresários que disputam o controle da carreira de Acelino Freitas, o Popó, campeão dos superpenas pela Organização Mundial de Boxe, pode impedir que o brasileiro unifique os cinturões da categoria.
O lutador, campeão pela quarta entidade em ordem de importância a comandar o boxe mundial, afirma, assim como sua equipe, que unificar o título da categoria é um de seus principais objetivos.
""Enquanto a situação envolvendo Freitas não estiver resolvida, não haverá unificação", disse à Folha o promotor de lutas Bob Arum, que tem sob contrato os campeões da categoria pelo Conselho Mundial de Boxe e pela Federação Internacional de Boxe, respectivamente, Floyd Mayweather e Diego ""Chico" Corrales.
Outro campeão dos superpenas é o coreano Yong-soo Choi, que recentemente tomou o título da Associação Mundial do mongol Lakva Sim. Tradicionalmente, os pugilistas do oriente não costumam participar de unificações.
""Conversei com as partes envolvidas. Espero que deixem as disputas judiciais de lado e cheguem a um consenso até o final do ano, pois essas lutas unificatórias devem gerar muito dinheiro", disse Arum, referindo-se ao norte-americano Arthur Pelullo e ao mexicano Ricardo Maldonado.
Após processar o brasileiro por quebra de contrato, Pelullo ganhou na Justiça dos EUA o direito de ser reconhecido como único promotor das lutas de Popó.
O mexicano vem servindo, de maneira informal, como representante do baiano no exterior.
Ruy Pontes, empresário de Popó, não descarta sentar à mesa com Pelullo, que por sua vez já disse estar aberto à reconciliação.
""Como já disse, não farei negócios com Pelullo. Mas, se necessário, poderemos sentar todos juntos à mesa com Arum", disse. ""Aliás, tenho agendada uma visita, de cortesia, a Bob Arum em algumas semanas. Mas não devemos acertar nada com ele ainda."
""Estou tentando negociar com eles (os brasileiros) há tempos, mas nunca me deram a chance de dialogar", responde Pelullo.
Arum mantém o otimismo e até planeja a carreira de Popó no mercado norte-americano.
""Se tudo der certo, ele lutaria nos EUA no primeiro trimestre do próximo ano. Gostaria que se apresentasse uma ou duas vezes na (rede de TV a cabo) HBO para ficar conhecido e, aí sim, participaria de unificações."
Amanhã, Popó, 24, participa de luta não-válida pelo título contra o argentino Claudio Martinet, na Fonte Nova, em Salvador (BA).


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