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BOXE
Maior empresário do pugilismo mundial na atualidade afirma que disputa judicial impede unificações
Impasse emperra a carreira de Popó
EDUARDO OHATA
da Reportagem Local
O impasse entre os empresários
que disputam o controle da carreira de Acelino Freitas, o Popó,
campeão dos superpenas pela Organização Mundial de Boxe, pode
impedir que o brasileiro unifique
os cinturões da categoria.
O lutador, campeão pela quarta
entidade em ordem de importância a comandar o boxe mundial,
afirma, assim como sua equipe,
que unificar o título da categoria é
um de seus principais objetivos.
""Enquanto a situação envolvendo Freitas não estiver resolvida,
não haverá unificação", disse à
Folha o promotor de lutas Bob
Arum, que tem sob contrato os
campeões da categoria pelo Conselho Mundial de Boxe e pela Federação Internacional de Boxe,
respectivamente, Floyd Mayweather e Diego ""Chico" Corrales.
Outro campeão dos superpenas
é o coreano Yong-soo Choi, que
recentemente tomou o título da
Associação Mundial do mongol
Lakva Sim. Tradicionalmente, os
pugilistas do oriente não costumam participar de unificações.
""Conversei com as partes envolvidas. Espero que deixem as disputas judiciais de lado e cheguem
a um consenso até o final do ano,
pois essas lutas unificatórias devem gerar muito dinheiro", disse
Arum, referindo-se ao norte-americano Arthur Pelullo e ao
mexicano Ricardo Maldonado.
Após processar o brasileiro por
quebra de contrato, Pelullo ganhou na Justiça dos EUA o direito
de ser reconhecido como único
promotor das lutas de Popó.
O mexicano vem servindo, de
maneira informal, como representante do baiano no exterior.
Ruy Pontes, empresário de Popó, não descarta sentar à mesa
com Pelullo, que por sua vez já
disse estar aberto à reconciliação.
""Como já disse, não farei negócios com Pelullo. Mas, se necessário, poderemos sentar todos juntos à mesa com Arum", disse.
""Aliás, tenho agendada uma visita, de cortesia, a Bob Arum em algumas semanas. Mas não devemos acertar nada com ele ainda."
""Estou tentando negociar com
eles (os brasileiros) há tempos,
mas nunca me deram a chance de
dialogar", responde Pelullo.
Arum mantém o otimismo e até
planeja a carreira de Popó no
mercado norte-americano.
""Se tudo der certo, ele lutaria
nos EUA no primeiro trimestre
do próximo ano. Gostaria que se
apresentasse uma ou duas vezes
na (rede de TV a cabo) HBO para
ficar conhecido e, aí sim, participaria de unificações."
Amanhã, Popó, 24, participa de
luta não-válida pelo título contra
o argentino Claudio Martinet, na
Fonte Nova, em Salvador (BA).
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