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Até cerveja não é mais americana na NBA
Bebida chinesa é novo marco da invasão estrangeira na liga
PAULO COBOS
DA REPORTAGEM LOCAL
A NBA sonha em conquistar
o mundo, mas é o mundo que
está tomando conta da liga
americana de basquete.
Dono de time russo, uniformes feitos na Tailândia e, agora, até cerveja chinesa são ingredientes recentes da "invasão" estrangeira na NBA.
Movimento que causa incertezas, como no demorado processo da autorização da venda
do New Jersey Nets para o russo Mikhail Prokhorov, candidato a ser o primeiro estrangeiro dono de uma franquia.
E que foi parar até no Senado.
Isso depois que a europeia Adidas anunciou que vai transferir
parte da produção das camisetas que os jogadores usam nas
partidas de uma fábrica do Estado de Nova York, com tradição de décadas e que fez os uniformes do primeiro "Dream
Team", para a Tailândia.
Decisão que causou a fúria do
senador democrata Charles
Schumer. "O basquete é um jogo americano", declarou o parlamentar, preocupado ainda
com os cerca de cem trabalhadores que vão perder o emprego caso a Adidas não volte atrás.
Schumer começou uma campanha para a liga seguir usando
um produto "100% América".
Ele pressiona a direção da NBA,
que tem um longo contrato
com a Adidas, a interferir na
decisão de transferir a produção para a Tailândia. Segundo a
empresa, isso é necessário para
deixar a confecção dos uniformes mais próxima de onde está
a matéria-prima.
Em um dos raros ginásios
com lotação esgotada em todos
os jogos da temporada nestes
tempos de crise, os fãs da NBA
também não poderão mais saborear a cerveja local.
O Cleveland Cavaliers anunciou na semana passada que assinou um contrato de exclusividade com a Tsingtao, a maior
cervejaria chinesa. Assim, só
produtos da marca serão vendidos na Quicken Loans Arena, o
ginásio do time, no qual cabem
mais de 20 mil pessoas.
Não foi o único movimento
dos chineses na direção do time
do astro LeBron James, que
nas últimas férias da NBA passou parte do tempo na China
fazendo promoções das empresas que o patrocinam.
Por um valor estimado em
US$ 70 milhões (aproximadamente R$ 122 milhões), um
grupo de investidores chineses
comprou 15% da franquia.
Nesta temporada, o Cleveland terá 34 de suas partidas
transmitidas pela TV chinesa.
Dentro da quadra, a NBA já
se internacionalizou há mais
tempo. Segundo a liga americana, o campeonato 2009/2010
começou com 83 jogadores estrangeiros, ou cerca de 20% de
todos os atletas da competição.
Dos 30 clubes da liga, 27 têm
pelo menos um forasteiro. O recordista é o Milwaukee, com
sete estrangeiros em seu elenco. São 36 países com pelo menos um atleta na NBA.
Com agências internacionais
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