DA REPORTAGEM LOCAL

A GPWC (Grand Prix World Championship), empresa formada por BMW, DaimlerChrysler, Fiat, Ford e Renault, que pretende criar uma categoria dissidente da F-1 em 2008, pediu aos times da categoria que tentem adiar ao máximo a implantação das novas regras anunciadas pela FIA.
Na última quarta-feira, a entidade máxima do automobilismo divulgou uma série de medidas que visam diminuir os gastos e trazer mais competitividade ao Mundial de F-1 nesta temporada.
Além disso, a GPWC também já avança em outra frente. Ontem, anunciou que tem interesse em comprar parte das ações da Slec, holding que controla comercialmente a F-1 comandada por Bernie Ecclestone, que há tempos tenta vendê-las para o grupo.
Os dirigentes da GPWC se encontraram anteontem para discutir o novo regulamento. O resultado foi a divulgação de um documento no qual as montadoras criticam duramente as idéias de Max Mosley, presidente da FIA.
Para tentar "burlar" as novas regras, que incluem o fim da eletrônica na categoria (leia-se controle de tração, telemetria e câmbio automático), eles alegam que não teriam tempo para fazer as mudanças antes do início do Mundial, no dia 9 de março, na Austrália.
A FIA, por sua parte, já disse que gostaria de abolir o uso de dispositivos eletrônicos neste ano -Mosley chegou a falar em dois ou três meses de adiamento-, mas que pode permitir que eles sejam usados até a próxima temporada caso os times consigam provar que seria mais caro substituí-los do que mantê-los.
Indiferente aos protestos, Mosley rebateu. "Se uma grande montadora não gostar das mudanças, azar dela. O que vamos ganhar com essas mudanças é muito maior do que o que perderíamos com a ausência dela", disse.
Ontem, representantes das equipes se encontrariam com o Grupo Técnico da FIA para discutir prazos de implantação das mudanças técnicas anunciadas.


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